Últimas indefectivações

domingo, 30 de novembro de 2025

Vermelhão: Até ao fim...

Nacional 1 - 2 Benfica


Vários anos de vida perdidos a ver este Benfica... mas depois de tantos pontos perdidos nos descontos, já merecíamos uma vitória sacada depois da hora! E curiosamente, hoje, com as minhas superstições (que nunca resultam), até estava confiante que íamos fazer a remontada!!!

A justiça da vitória não pode ser colocada em causa, só o Benfica tentou de facto ganhar este jogo. O Nacional ofensivamente não fez nada! O golo sofrido, foi oferecido por nós! Só o Benfica tentou ganhar o jogo, e ao contrário de outros jogos, até criámos jogadas de perigo em jogo corrido, alguns remates à entrada da área, mas mesmo sem deslumbrar estivemos sempre por cima do jogo...

Dito isto, continuamos a demonstrar muitas dificuldades em desmontar estes blocos baixos, com a geometria das nossas jogadas, a nunca encontrar os nossos avançados de frente para o golo! O Palvidis, por exemplo, quando recebe a bola, tem que ultrapassar quase sempre 2 ou 3 defesas... O golo da vitória, foi de facto a excepção neste jogo, e em muitos outros jogos, muito sinceramente não me recordo do Grego marcar um golo deste tipo nos últimos tempos!!!

A ideia do 11, sem o Ríos, era meter vários jogadores entre-linhas, e deixar as linhas para os Laterais, mas isso não resultou... com a impunidade da Defesa do Nacional, sempre que os nossos jogadores recebiam entre-linhas vinha sempre a falta, quase sempre dura!!! Com as substituições, passámos a ter jogadores nas Alas com bola... e a diferença foi notória! Defensivamente, a equipa esteve de facto bem, não deixando o Nacional sair em transições rápidas... e quando a pressão no meio-campo não resultou a defesa resolveu bem, com o Trubin a ter mais um jogo, quase sem trabalho!

A questão do Prestianni e do Schjelderup não é a sua qualidade com bola, a grande questão é o compromisso com a equipa sem bola! Numa equipa com alguns problemas de equilíbrio defensivo, é muito complicado arriscar jogadores que defendem com os olhos... Hoje, na recta final, o Nacional só estava preocupado em fazer anti-jogo, e não havia necessidade de defender...


Difícil escolher um MVP... ninguém se destacou. Gosto de ver o Aurnses no meio... O Puto, não jogou mal, voltou a demonstrar inteligência com e sem bola, apesar de jogar melhor na esquerda...

Uma nota, sobre o Otamendi: já perdi a conta aos golos que sofremos este ano, após erros do Nico. Se fosse outro jogador já estava queimado! Hoje, deu para dar a volta, mas...


Mais uma decisão inacreditável do VAR. Impossível não ver o empurrão sobre o Barreiro... No golo anulado, a decisão parece ser correta, mas o lance não é nada simples, porque a bola após ressaltar o Rêgo, ainda ressalta no defesa do Nacional!

Vitória importantíssima do ponto de vista psicológico. Seria um tormento, este semana pré-Derby!!! A equipa tem jogado melhor, contra adversários que não jogam com bloco baixo, sendo que o Sporting gosta muito de jogar em transições, com as tabelinhas entre-linhas que todos conhecem... Exige-se inteligência na estratégia, e total entrega dentro e fora de campo...



Meia dúzia...

Benfica 6 - 0 Torrense

Goleada, em mais um jogo bem conseguido, com um golão do puto mesmo a terminar!


Mais uma...


Benfica 3 - 0 Guimarães
25-17, 25-23, 25-22

Mais um 3-0, com a integração do Murad e do Todua a fazer-se naturalmente...

Taça...

Santa Cita 1 - 12 Benfica

Festa da Taça, com a goleada esperada...

Não há vontade, não há palhaço


"«A minha vontade sempre foi voltar, nunca surgiu a oportunidade — não por questões de valores, de transferência ou de salários, nada a ver com isso. Sempre foi por questões de vontade do outro lado que não se realizou»
João Félix, jogador do Al Nassr

Afinal, João Félix joga neste momento no Al Nassr e não no Benfica por falta de vontade do clube da Luz, ficámos ontem a saber, em declarações do internacional português à Sport TV.
Eu, por exemplo, no verão vou de férias para o Algarve e não para Aruba porque me falta vontade para passar meio dia dentro de um avião — e só por isso.
Pior: não foi só este ano que o Benfica não teve vontade de contratar Félix. Há três anos, diz ele, que está mortinho por vir para a Luz.
Infelizmente, a pouca vontade dos encarnados nunca chegou para convencer o Atlético de Madrid, primeiro, e depois o Chelsea (que teve uma vontade equivalente a 52 milhões de euros para contratá-lo em definitivo e depressa se arrependeu) a libertá-lo, pagando grande parte do salário... E por isso lá teve João Félix de fazer o sacrifício de ir para o Chelsea, primeiro, depois para o Barcelona, a seguir para o Milan.
E este ano, quando finalmente parecia estar encaminhado um regresso à Luz, do nada lá apareceu junto do Chelsea o Al Nassr, com mais 5 milhões de vontades que o Benfica, e com mais 8 milhões de vontades para o jogador do que iria receber na Luz. Félix, contrariado, lá aceitou ir para Riade.
Enfim, como se costuma dizer, não há vontade, não há palhaço... Ou não será bem assim que se diz?"

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - João Félix: de filho amado a odiado pelos adeptos do Benfica?

Ganhar na Madeira


"São vários os temas nesta edição da BNews, incluindo a antevisão do jogo entre Nacional e Benfica, agendado para hoje às 18h00 na Choupana.

1. Defesa do Benfica
Em declarações à comunicação social no aeroporto de Lisboa antes do voo para o Funchal, o Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, abordou vários temas e deixou uma garantia: "O Benfica defende os interesses do Benfica."

2. Objetivo: 3 pontos
O treinador do Benfica, José Mourinho, considera: "Jogo difícil, mas vamos com o objetivo dos 3 pontos. Sendo competições diferentes e adversários diferentes, a nossa vitória no Ajax foi importante porque nos dá talvez um conforto diferente para os jogadores poderem enfrentar este adversário difícil."

3. Bastidores
Veja imagens exclusivas da viagem para a Madeira e da receção repleta de entusiasmo à chegada ao aeroporto do Funchal.

4. Dedicado a Dedic
O triunfo em Amesterdão foi dedicado a Dedic.

5. O regresso de Manu
Após recuperação prolongada devido a lesão, Manu está à disposição de José Mourinho e fala sobre o regresso à competição e os minutos em campo frente ao Ajax na passada terça-feira.

6. Calendário
Estão definidos os dias e horários dos jogos da 14.ª à 17.ª jornada da Liga Portugal. E o desafio dos oitavos de final da Taça de Portugal com o Farense em casa do adversário é no dia 17 de dezembro às 20h45.

7. Previsões
José Mourinho e vários jogadores revelam o seu prognóstico em relação ao próximo campeão do mundo de Fórmula 1.

8. Campeões do Mundo
Portugal sagrou-se campeão do mundo Sub-17 de futebol e contou com 9 atletas do Benfica. Na mensagem de felicitações, o Presidente Rui Costa refere que "para o Sport Lisboa e Benfica, a satisfação é redobrada", e destaca "o reconhecimento e o sublinhar de uma qualidade e de um potencial que já tinha ficado patente aquando da conquista do Campeonato da Europa". O diretor técnico do Futebol de Formação do Clube, Joaquim Milheiro, sublinha que "a melhor academia do mundo contribuiu significativamente para a conquista do Mundial".

9. Parabéns, O Benfica!
O jornal O Benfica celebra 83 anos de vida.

10. Mais jogos do dia
Na Luz, às 17h00, receção ao Vitória SC em voleibol. E, às 20h00, embate com o Torreense em futsal. Em hóquei em patins, visita ao Santa Cita às 18h00. Nesta manhã, os Iniciados defrontaram o Alverca e ganharam por 4-0.

11. Inspiradoras
Acompanhe o contributo das jogadoras do Benfica pelas seleções nacionais. E veja também as melhores imagens da ação com o patrocinador Espaço Casa.

12. Convocados
Arthur é chamado pela seleção brasileira de futsal e Nora Leitner pela seleção feminina austríaca de andebol.

13. Reforço
Schaquilla Nunn junta-se ao plantel da equipa feminina de basquetebol do Benfica.

14. Protagonista
Miguel Moreira, um dos melhores atletas de corta-mato em Portugal, é o entrevistado da semana.

15. Europeus de piscina curta
Três nadadores do Benfica marcam presença no certame.

16. História
Veja a rubrica habitual das manhãs de quinta-feira na BTV.

17. Casa Benfica Murtosa
Esta embaixada do benfiquismo celebrou o 25.º aniversário."

História Agora


 

Federação Proença de Futebol


"É compreensível o orgulho e a ânsia de aparecer, mas há limites que não devem ser beliscados

Há a ânsia de aparecer e há as ‘gaffes’ inexplicáveis, mas também há boas notícias. Comecemos por estas últimas. Desde que é presidente da FPF, função que ocupou há pouco mais de oito meses, Pedro Proença já viu seleções nacionais a seu cargo conquistarem cinco títulos internacionais: em futebol, Liga das Nações, Mundial sub-17 e Euro sub-17; em futsal, Euro sub-19; e em futebol de praia, Liga Europeia feminina.
Uma enorme proeza, sem dúvida, mais ainda por ter sido alcançada em tão pouco tempo. É natural, por isso, que Proença sinta orgulho no seu ainda curto mandato e é, até, inteligível que a esse sentimento acrescente alguma vaidade. Já menos compreensível será a muitas vezes evidente e, aqui e ali, incontrolável necessidade de provar que foi, é e será melhor do que o seu antecessor, Fernando Gomes, com quem as relações pessoais e institucionais estão longe de ser as melhores. E é neste plano que surgem as más notícias, antes das quais deixo um ponto prévio: a memória é, ou deveria ser, aspeto fundamental da vida das instituições. E, neste plano, o que Pedro Proença disse, poucos minutos depois da conquista do Mundial sub-17 por Portugal, não pode passar sem reparo. É que, talvez pela ânsia ou pressa de aparecer logo após novo sucesso, o presidente da FPF cometeu gaffes difíceis de justificar.
Aceita-se que a emoção o tenha baralhado quando mencionou que as seleções nacionais não conquistavam um título mundial «há 24 anos», quando na verdade o último tinha sido há 34 (os sub-20 em 1991).
Bem pior foi a falha absoluta de memória sobre o antecessor que estava no cargo à data dessa conquista: disse Proença que era Gilberto Madaíl (líder de 1996 a 2011) e que a ele devíamos estar agradecidos; pois o presidente nessa vitória a (a de 1991) era o malogrado João Rodrigues - em 1989, era Silva Resende. Mais mais grave, todavia, terá sido a ausência de menção a Carlos Queiroz, o selecionador de júniores em Riade-1989 e Lisboa-1991, os únicos títulos mundiais na história do futebol português até anteontem.
Sem Carlos Queiroz, nunca saberemos quantos anos mais necessitaria Portugal de esperar pelo brutal salto qualitativo na formação por ele dado e que obriga a FPF e o nosso futebol a por ele ter uma dívida eterna de gratidão.
Queiroz... que estava em Doha no dia final do Mundial sub-17 (com a selecção de Omã). Já agora, também Nelo Vingada, adjunto nas conquistas de 1989 e 91, estava em Doha, assim como Hélio Sousa, ex-selecionador Sub-17 e que se encontrava em Doha com a sua seleção atual, a do Kuwait... Será que foram convidados pela FPF para o momento histórico de quinta-feira passada?
Por fim, uma nota: na memória coletiva, ficaram para sempre nomes como Figo, Rui Costa, Jorge Costa, João Vieira Pinto e tantos outros que naqueles anos de 89 e 91 nos fizeram sonhar com uma nova era de conquistas; tal como ficarão para sempre os nomes de Bino Maçães e de meninos como Anísio Cabral, Mateus Mide, José Neto, Romário Cunha ou Daniel Banjaqui, citando apenas alguns dos verdadeiros 21 heróis e seus treinadores que, na relva, com muitos sacrifícios da vida pessoal, com esforço, suor e lágrimas, elevaram alto o nome de Portugal e merecem todos os holofotes que sobre eles incidam. Quanto a Pedro Proença, o mais provável é que, tal como agora se esqueceu de um antecessor, também ele seja esquecido no futuro."

Os segredos de Flamengo e Palmeiras


"Esta final da Taça dos Libertadores da América é apenas mais um episódio do duelo entre os dois clubes, Palmeiras e Flamengo, que dominam, dentro e fora dos relvados, o futebol brasileiro e sul-americano, traduzido na conquista de cinco dos últimos sete troféus, já contando com o de hoje.
Com contratações de nível europeu, como Vítor Roque, que saiu do Barça para o verdão por 25 milhões de euros, e de Samuel Lino, que trocou o Atlético Madrid pelo mengão por 22, o Palmeiras gastou 113 milhões em 12 contratações, enquanto o Flamengo gastou quase 57 em sete reforços.
«Com finanças equilibradas e estrutura fortalecida, ampliaram receita e desenvolveram uma estratégia que mistura consagrados e formação», diz Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, durante a constituição da SAD do clube e hoje CEO da Squadra Sports.
«Tornaram-se referência em boas práticas de governança, o que permitiu maior competitividade em campo», acrescenta Moisés Assayag, sócio diretor da Channel Associados.
Fora das quatro linhas, o Flamengo pode ultrapassar a marca de dois mil milhões de reais (cerca de 320 milhões de euros) nesta época. O Palmeiras passou a de mil milhões (160 milhões) em 2024. Uma das principais fontes do verdão é a venda de jogadores: desde 2021, somou 220 milhões de euros com atletas da formação como Endrick, Estêvão ou Vítor Reis. No período, o Fla recebeu perto de 116.
«Clubes melhor administrados tendem a gerar mais receitas e reduzir custos, a ganhar mais em prémios e receitas com transferências, num círculo virtuoso que permite acessar melhores atletas e vencer mais», aponta Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa norte-americana que agencia atletas.
Nas receitas de TV e de patrocínio o mengão goleia: arrecada quase o triplo do rival. Ambos têm casas de apostas nas camisolas.
«E esse movimento deve consolidar-se ainda mais com a regulação da indústria no país», prevê João Fraga, CEO da techfin Paag, especialista no setor.
«Assemelha-se ao protagonismo que, noutras épocas, foi exercido por marcas de bancos ou empresas de eletrónicos», completa Leonardo Bessa, sócio da Betlaw.
No público, o Fla também lidera: até à 35.ª jornada teve média superior a 40 mil ante 34 mil do Palmeiras, que vence em receitas com sócios — tem cerca do dobro do rival — e estádio.
«Há criatividade, humor e informação nas entregas comerciais transformando o torcedor em protagonista», explica Reginaldo Diniz, CEO e sócio-fundador da Agência End to End, parceira na gestão do Palmeiras Pay, conta digital oferecida pelo clube.
Talvez por tudo isso, nos últimos dias Palmeiras e Flamengo estão, como o Sporting, entre os 16 clubes indicados ao prémio de melhor do mundo. E um deles será tetracampeão da América hoje."

Será que recuperar muito rápido é sempre o melhor?


"No futebol profissional, a pressão para que os atletas regressem, o mais cedo possível, aos relvados é enorme — quer pela necessidade de resultados imediatos, quer pela gestão das transferências de jogadores ou ainda pelos custos associados à ausência. No entanto, várias evidências científicas demonstram que um retorno demasiado acelerado pode ter um impacto mais negativo do que um provável benefício do regresso mais precoce do atleta.
Os relatórios da UEFA sobre lesões em clubes de elite na Europa concluem, em 20 anos de recolha de dados, que 20% das lesões reportadas são recidivas e que estas ocorrem nos primeiros dois meses após a retoma desportiva, sendo que o tempo de paragem após a recaída tende a ser significativamente superior. Por exemplo, as lesões musculares são das que mais contribuem para esta problemática, isto porque são aquelas onde mais facilmente se cometem erros na tomada de decisão nas etapas da progressão da recuperação e no tempo de retoma desportiva.
Os motivos destes erros estão nas caraterísticas particulares da evolução biológica e funcional da lesão muscular, onde o atleta recupera a funcionalidade mais rápido do que a evolução da cicatrização do tecido, o que poderá fazer com que se tome uma decisão de retorno demasiado precoce tendo em conta a incapacidade que o tecido imaturo tem para tolerar esforços intensos.
Num clube, quando a recidiva ocorre num atleta preponderante na equipa, os efeitos negativos multiplicam-se: resultados desportivos da equipa e desvalorização de mercado do atleta. Relatórios recentes apontam que os clubes europeus dos cinco principais campeonatos perderam mais de €732 milhões numa temporada devido a lesões. Além disso, uma recidiva pode significar que o atleta entra num ciclo difícil de menor tempo de jogo, maior risco de contrair outras lesões e maior desgaste psicológico. Do ponto de vista estratégico do clube, esta economia de voltar antes pode gerar mais despesa ou prejuízo a médio/longo prazo.
No futebol moderno, a diferença entre os clubes de topo e os restantes não se mede apenas em golos ou títulos, mas também na forma como gerem a saúde dos seus atletas. Estudos da UEFA e da FIFA demonstram que as equipas com melhores recursos (humanos e tecnológicos) apresentam uma menor taxa de recidiva de lesões, ou seja, menos casos de jogadores que voltam a lesionar-se na mesma zona após o regresso à competição.
A chave está na reabilitação estruturada e na comunicação constante entre todos os departamentos: médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos e treinadores. Nos grandes clubes, o processo de retoma desportiva é, meticulosamente, planeado. Nenhum jogador retoma ao relvado sem cumprir etapas que incluem avaliações de força, testes funcionais e monitorização de carga de treino.
Além disso, a integração de dados provenientes de sistemas GPS, testes neuromusculares e análises de fadiga, permite personalizar o treino e controlar o risco de sobrecarga. Este cuidado reduz não só o número de recidivas, mas também o tempo total de inatividade ao longo da época.
A redução do risco de lesões tornou-se um verdadeiro indicador de excelência organizacional. Num calendário, cada vez mais exigente, quem investe em ciência e competência ganha uma vantagem invisível, mas decisiva, ao manter os seus atletas dentro de campo e fora da marquesa.
Concluindo, recuperar os atletas, o mais cedo e melhor possível, é a grande função do departamento médico de um clube, e mesmo assumindo que o risco estará sempre presente, é fundamental fazer a sua gestão. O panorama científico mostra que o risco de recidiva aumenta, significativamente, com retorno prematuro, e esse risco tem repercussões que ultrapassam o atleta e atingem a saúde financeira e desportiva do clube.
Por isso, fica a questão: Qual é o preço a pagar por arriscar regressar cedo demais? Será que vale a pena?"

BolaTV: Mais Vale à Tarde que Nunca - À conversa com Azart

SportTV - Primeira Mão - Portugal é Campeão do Mundo!

De pie, vuelve Pedri

sábado, 29 de novembro de 2025

Antevisão...

Terceiro Anel: React - Mourinho - Nacional...

Destino: Madeira

Veloso, 3 pontos?!!!

Who will be the next F1 Drivers’ World Champion?

Fever Pitch - Domingo Desportivo - A Vénia dos The Beatles e Benfica

De Queiroz a todos os outros


"De Riade a Doha, de 1989 a 2025: em mais de trinta anos Portugal conheceu um desenvolvimento extraordinário: a arte de formar tornou-se universal neste ecossistema à beira-mar plantado

O Médio Oriente tem qualquer coisa de encantador para o futebol de formação português: em 1989, numa Riade que nada tem a ver com a de hoje, uma seleção vencia pela primeira vez um Mundial sub-20, numa final frente à Nigéria que teve Pelé como testemunha ocular e a quem o lateral-direito Abel prometeu que iria marcar um golo... à Pelé (e assim o fez); 36 anos depois, os portugueses assistiram à conquista do primeiro mundial sub-17 no Qatar, sob a batuta de um filho dessa geração que viria a ser , com justiça, batizada de ouro — porque era tão boa que jogadores como Bino, médio de futebol inteligente e elegante, nem sequer figurava nas primeiras escolhas.
Além da distância temporal, estes dois momentos parecem pertencer não apenas a duas épocas diferentes como a mundos distintos. Porque se no final dos anos 80 e início dos anos 90 do século passado os títulos de juniores (assim se chamava à época) eram vistos como uma verdadeira epopeia (com o toque de Midas de Carlos Queiroz, para quem o futebol português tem uma dívida eterna de gratidão), os bons hábitos de hoje levam o público a olhar para esta conquista como algo relativamente natural, consequência de décadas de desenvolvimento na arte de formar jogadores que faz deste país uma potência mundial.
Só o tempo dirá o que será destes rapazes brilhantes que conseguiram ser campeões da Europa e do Mundo de forma consecutiva, mas eles têm mesmo de ser especiais entre os muitos outros que antes dele estiveram perto de o conseguir. Quem olha para eles (e os escuta), identifica maturidade muito acima da média e é natural que a partir de agora cresça a pressão dos adeptos para que muitos destes pré-adultos tenham mais espaço nas respetivas equipas principais. Especialmente no Benfica, que se apresenta como o clube que mais jogadores forneceu a esta seleção e que não tem apresentado na sua equipa principal, nos últimos anos, potenciais titulares na proporção da quantidade e qualidade que as águias se arrogam de ter no Seixal — depois de António Silva e João Neves, nenhum outro se seguiu.
Mas manda a prudência que na Luz, no Dragão ou em Alvalade não se queimem etapas. E dificilmente isso acontecerá. Porque, apesar das muitas críticas à gestão dos clubes, são estes os principais responsáveis pelo desenvolvimento sustentado de várias gerações de potenciais craques ao longo destas décadas. O conhecimento tornou-se universal neste ecossistema à beira-mar plantado."

Por favor, não esqueçam estes nomes!


"Portugal campeão do Mundo! Em futebol, eis uma frase que não se escrevia há 34 anos. São 21 os heróis que, sob o comando de Bino Maçães, transformaram o sonho em realidade

Bino Maçães: treinador. João Aragão, Duarte Cunha, Steven Manuel, Mateus Mide e Anísio Cabral: avançados. Santiago Verdi, Rafael Quintas, Martim Guedes 'Zeega', Tomás Soares, Bernardo Lima e Miguel Figueiredo: médios. Daniel Banjaqui, Gabriel Dbouk, Yoan Pereira, José Neto, Martim Chelmik, Ricardo Neto e Mauro Furtado: defesas. Romário Cunha, Alex Tverdohlebov e David Rodrigues: guarda-redes.
Com exceção para o treinador, que tem 52 anos, todos os 21 restantes, acima mencionados, têm apenas 17. Mas têm tudo para continuarem a ser recordados quando tiverem 70, 80 ou 90. São os nomes que entraram numa das mais douradas páginas do livro de história do futebol português. Uma geração jovem de ouro que — não duvido — muito em breve estará a brilhar nos mais prestigiados palcos.
Quando tanto se fala dos mercados de transferências que aí vêm, quando se ouve falar de milhões de euros disponíveis para contratações, manda o bom-senso clamar: olhem, por favor, para estes meninos. Se há potencial (e garantimos que há!), então potencie-se ainda mais estas pérolas, nelas apostando nas equipas principais.
Guardem estes nomes, lembrem-se deles, não os deixem cair no esquecimento. Aqui, do lado de fora da indústria do futebol, já nos encheram o coração.
Portugal é campeão do Mundo! Em futebol, esta é uma frase que não era possível escrever há 34 anos, desde Lisboa-1991, quando a Seleção de Figo, Rui Costa, Jorge Costa e João V. Pinto conquistou o Mundial sub-20 pela segunda vez."

DAZN: Europa - Semana de sucesso para Portugal e o Benfica ainda acredita

BF: Novidades...

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Fechar a semana europeia em grande

Observador: E o Campeão é... - Portugal é campeão do Mundo sub-17 e tem "geração de ouro"

Observador: Três Toques - Guerreiros da equipa de Sub-17 “limpam” prémios no Mundial

Vinte e Um - Como eu vi - Ajax...

Da identidade ao impulso em Liverpool: como explicar a queda de um gigante


"O de Klopp tinha identidade. O de Slot parecia seguir esse caminho. Mas o gasto excessivo, as más escolhas e a perda de referências destruíram o plano que a sustentava

Klopp, ainda no Dortmund, sentava-se à frente de quem queria contratar. Com Watzke ao seu lado, a corporizar o polícia-bom, disparava algo do género: «Comigo, terás de dar 120 por cento, ultrapassar todos os teus limites. Estás preparado? Se não estiveres, é melhor para todos que o digas já.» Com esta energia em bruto, os jogadores que levava para o Ruhr incendiavam a Muralha Amarela, que por sua vez puxava pelas restantes bancadas até transformar o Westfalen num verdadeiro inferno.
Ich will eure Stimmen hoeren (Eu quero ouvir as vossas vozes)/Ich will die Ruhe stoehren (Eu quero romper com o silêncio)/Ich will das ihr mich gut seht (Eu quero que me vejam claramente)/Ich will das ihr mich versteht (Eu quero que me compreendam)
Ich will eure Phantasie (Eu quero a vossa ilusão)/Ich will eure Energie (Eu quero a vossa energia)/Ich will eure Haende sehen (Eu quero ver as vossas mãos)/In Beifall untergehen (Rodeado pelos vossos aplausos)
Jürgen travestia-se em Till Lindemann e o estádio explodia ao ritmo dos riffs de Rammstein. Rédeas soltas, jogadores e adeptos carregavam em conjunto. O céu avermelhado caía em cima da cabeça dos rivais e engolia-os sem misericórdia.
Anos depois, em Liverpool, onde é impossível substituir aquela canção que é tudo, o seu coração e o batimento de alta rotação encaixaram na perfeição em Anfield. Fundiram-se com os dos jogadores e adeptos. O emocional Liverpool abraçou o não menos emocional Klopp, cuja identidade never say die e o nível de exigência que a consolidava voltaram a reerguer o clube até aos patamares da excelência.
Com dificuldades para competir com clubes-estado, os Reds concentraram-se no processo em campo. Com os jogadores adequados, contratados ou nutridos, primeiro em Melwood depois na ventosa Kirkby. Com a inegociável agressividade, a tal pressão que roubava fôlego e rebentava os adversários por dentro. O gegenpressing era o 10 que o alemão não tinha — nem queria ter. Mesmo com o modelo a evoluir no sentido de manter o controlo do jogo.
Klopp mantinha, ao mesmo tempo, o grupo imune a uma ou outra intromissão dos dirigentes no reforço do plantel. Para o técnico, tinha de ser o jogador certo. Se não, não valia a pena. Apenas um, entre os mais relevantes, terá escapado a esse critério. Talvez aí o técnico tenha sentido que esgotara os ‘não’ que dissera a quem mandava. Darwin, defendido também pelas estatísticas, foi contratado por 85 milhões ao Benfica. Um capricho, cujas consequências ainda hoje ecoam. Não só obrigou à reestruturação não planeada da frente de ataque, desviando-o do centro do terreno, como se lhe atribui, nos arredores de Anfield, um título perdido devido aos seus inúmeros falhanços. Não basta haver boas intenções. O uruguaio sempre foi um corpo estranho como atleta e indivíduo, apesar das tentativas de integração por parte do grupo.
Ao fim de nove anos, quando se vive o futebol como o antigo lateral-direito do Mainz, que o modesto clube viu como sucessor mas também pupilo dedicado de um revolucionário como Wolfgang Frank, mais cedo ou mais tarde o desgaste torna-se sufocante. Klopp quebrou. Disse adeus. Para viver o resto da vida que não estava a viver. O Liverpool seguiu em frente. Encontrou em Slot uma liderança também emocional e, no seu modelo, pontes para o do germânico.
Na primeira época sagrou-se campeão. Inteligente, mudou pouco, aceitou o legado, avançou quase pé ante pé. Chiesa foi o único a entrar, Matip e Thiago acabaram a carreira, Darwin perdeu relevância e acabaria por deixar Inglaterra no verão passado. Fez com que o compatriota Gravenberch ganhasse nova vida, enquanto Gapkpo cresceu na influência. Não se sentiu a mudança, ainda que não haja pessoas iguais.
Perdeu a Taça da Liga para o Newcastle, ficou-se pela quarta ronda da Taça principal — aqui sim de forma surpreendente perante o Plymouth Argyle, do Championship — e pelo desempate por penáltis nos oitavos de final da Liga dos Campeões, diante do futuro campeão PSG. Mas o mais importante foi garantido, o regresso aos títulos e logo numa época em que a exigência até seria menor.
No entanto, o Liverpool-poupadinho acabara. 483 milhões de euros depois levaram Isak, Wirtz, Ekitiké, Kerkez, Frimpong e Leoni para o lado dos Reds e, mesmo assim, por culpa das lesões, Szoboszlai primeiro e Curtis Jones depois já tiveram de assumir o papel de lateral-direito. É claro que em Liverpool se recuperaram 240 milhões do investimento, com algumas vendas, a principal a de Luis Díaz, mas não deixa de parecer all-in de um clube que não precisava de fazê-lo dada a posição em que se encontrava. E um all-in quase nunca tem por detrás um plano. É impulso.
De não mudar quase nada, Slot passou a mudar muito, deslumbrado com o que lhe caiu em mãos. Contudo, Frimpong é em quê parecido com Alexander-Arnold, que saiu em saldos para Madrid? A influência do lateral, que pensava como médio, que não só aparecia em terrenos adiantados para cruzar ou, por dentro, para ajudar a construir ou rematar, como virava o centro do jogo e lançava transições, onde é que a vemos no sprinter? E há alguma parecença entre Wirtz e Díaz? Já Kerkez, apesar da boa vontade, anda longe da profundidade de um Robertson de outros tempos, quando os laterais eram fundamentais no modelo. Já quanto à inspiração perdida com Jota, é insubstituível. Aí não há nada a fazer.
Foram 270 milhões gastos em Ekitiké e Isak para só jogar um. É quase anedótico. Nem o novo-rico mais imprudente faria tal loucura. E Arne Slot até ajudou à festa ao quebrar o crescimento do francês para lançar o sueco rebelde, faltando-lhe feeling para o momento. No meio disto tudo, ainda ficou Guéhi por contratar depois de estar fechado, numa altura em que Konaté, em final de contrato, acumula erros, Leoni está lesionado com gravidade, e Quansah, menino da casa, se consolida em Leverkusen.
É o caos. Um Liverpool sem um plano lógico, ainda com as faixas de campeão aos ombros. Sem este, não há identidade. Não há uma forma única de jogar. Não há conforto para os futebolistas. Apenas para que fique mais tempo em vigor a desgraçada Lei de Murphy."

Rabona: The complicated reality of Real Madrid & juggling drama

Rabona: Liverpool’s embarrassment continues… (UCL This Week)

Plano Nacional de Desenvolvimento Desportivo


"Apresentado há dias pela ministra do Desporto, Margarida Balseiro Lopes, o Plano Nacional de Desenvolvimento Desportivo, aprovado em Conselho de Ministros realizado no Centro de Alto Rendimento do Jamor, é o resultado da consulta pública a mais de 120 entidades e cerca de 30 personalidades do ecossistema desportivo e traça como objetivos essenciais abranger três ciclos Olímpicos e reforçar os incentivos à prática generalizada de exercício físico pelos portugueses.
No documento confirma-se a intenção de induzir o hábito da prática desportiva tendo em vista a consolidação, nas atuais e nas gerações vindouras, do exercício físico enquanto elemento estruturante à prossecução de um estilo de vida saudável e equilibrado. Neste âmbito, o Plano prevê a inclusão de aconselhamento para a atividade física nas Unidades de Saúde Familiar, principalmente direcionado a grupos prioritários, como o dos jovens até aos 16 anos.
Note-se, a este propósito, que o Eurobarómetro de 2023 revela que 73% dos portugueses afirmam nunca praticar desporto sendo que, em 2022, mais de 37% da população adulta apresentava excesso de peso.
Estruturado em seis pilares estratégicos e composto por 44 medidas, o plano define um horizonte de políticas públicas para os próximos 12 anos, incidindo essencialmente sobre três dimensões: a primeira direcionada à educação dos mais jovens e ao papel inclusivo que o desporto tem junto das camadas mais desfavorecidas da população; a segunda reforça o apoio ao talento e a atletas envolvidos em competições de alto rendimento; e uma terceira dimensão direcionada à modernização das infraestruturas e ao modelo de financiamento das diferentes modalidades. Todas, conjugadas num objetivo comum, o de transformar o País numa nação ativa, onde o acesso ao desporto é um direito à disposição dos cidadãos, um fator promotor de inclusão social e de participação cívica e uma marca distintiva da identidade nacional à escala global.
Os 130 milhões de euros associados ao projeto incluem 65 milhões do contrato-programa para o Desporto 2024-2028, assinado com o Comité Olímpico de Portugal, e já inscritos no montante global de 155,8 milhões de euros previstos para o setor no Orçamento do Estado para 2026. O governo aprovou ainda cerca de 30 milhões de euros para a preparação dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 — um aumento de 30%. As verbas para o programa paralímpico foram reforçadas em 12 milhões, e o programa surdo-olímpico receberá 3 milhões de euros, um acréscimo de 70% face ao atual. Este financiamento assenta num modelo diversificado que combina verbas do Orçamento do Estado, receitas do IPDJ e transferências de entidades setoriais, como o Comité Olímpico e o Comité Paralímpico. A diversificação visa garantir a sustentabilidade ao longo dos três ciclos olímpicos e assegurar que cada medida dispõe dos meios necessários considerando o impacto transformador, ao nível do desempenho desportivo de alta competição, que se pretende vir a atingir no futuro.
O plano dedica ainda 29,2 milhões de euros à formação de educadores de infância e professores do 1.º ciclo enquanto agentes promotores da prática consistente e regular de atividade física junto dos mais novos. Consciencializar as novas gerações dos benefícios da atividade física recorrente deve ser entendido como um investimento numa cidadania mais pró-ativa e menos permeável aos malefícios de uma alimentação menos rigorosa e a rotinas quotidianamente sedentárias. Para esse efeito, o plano prevê o desenvolvimento de um programa nacional de formação contínua de educadores de infância na área da educação física, a dinamização de uma avaliação anual da aptidão física de crianças e jovens em contexto escolar e ainda a implementação do Programa UAARE Superior (Unidades de Apoio ao Alto Rendimento no Ensino Superior) que pretende desenvolver uma articulação eficaz entre os estabelecimentos de ensino superior e as federações desportivas, tendo por objetivo conciliar a atividade universitária com a prática desportiva de alunos/atletas enquadrados no regime de alto rendimento, seleções nacionais ou de elevado potencial desportivo.
O Plano Nacional de Desenvolvimento Desportivo de Portugal representa, por isso, uma estratégia pública ambiciosa, bem estruturada, tendo em vista o reforço da preponderância do desporto no País. Seja na dimensão profissional e de alta competição, seja enquanto elemento agregador e promotor de desenvolvimento social e indutor de boas práticas de longevidade com saúde.

Campeões
Seleção de sub-17 vencedora do Mundial. Uma geração de elevado potencial, liderada por um treinador capaz e competente, Bino Maçães. Bravo!"

Nacionalidade e reforma migratória: implicações para o desporto profissional


"A revisão recente do regime jurídico da nacionalidade e das regras de imigração em Portugal trouxe para o debate uma questão central: como compatibilizar a proteção da identidade nacional com as necessidades específicas do desporto profissional, em particular do futebol?
As alterações ao quadro migratório demonstram que definir as condições de entrada, permanência e integração de cidadãos estrangeiros não é apenas uma questão administrativa. Pelo contrário, estas mudanças têm efeitos concretos sobre diversos setores, incluindo o desporto.
Alterações nos prazos de residência, nos requisitos documentais ou nos mecanismos de regularização impactam diretamente Na capacidade de atletas, treinadores e equipas técnicas se estabelecerem no país com a estabilidade necessária ao exercício da sua atividade.

Alterações do regime migratório em Portugal
A nova proposta de lei da nacionalidade (ainda sujeita à fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional) prevê períodos de residência mais longos: sete anos para cidadãos de língua oficial portuguesa e da União Europeia e dez anos para os restantes.
O objetivo é claro: reforçar a ligação efetiva ao país. No entanto, não podemos ignorar que estes prazos podem dificultar a integração de atletas estrangeiros, limitando a sua elegibilidade para atuar em momentos cruciais das suas (curtas) carreiras profissionais.
O regime de reagrupamento familiar (já em vigor com a Lei n.º 61/2025, de 22 de outubro) impõe, como regra geral, um prazo mínimo de dois anos de residência válida para que familiares possam juntar-se ao titular do título de residência.
No caso de cônjuges ou equiparados, aplica-se um prazo de 15 meses desde que tenham coabitado com o titular por, pelo menos, 18 meses imediatamente antes da entrada em território nacional.
Ora, tais requisitos podem condicionar, naturalmente, a decisão de jogadores e treinadores de se fixarem em Portugal, dada a maior dificuldade em assegurar estabilidade pessoal e familiar. A tudo isto soma-se o fator da morosidade administrativa: atrasos persistentes na tramitação de processos pela AIMA e pelo IRN tornam estes requisitos, já de si exigentes, ainda mais difíceis de concretizar.
Consequentemente, clubes, agentes e federações passam a ter de planear contratações com maior precisão, sob pena de afastar talentos ou limitar oportunidades, tanto para atletas como para o próprio país

O enquadramento internacional do futebol
É precisamente neste contexto que surge a dimensão internacional do futebol. Enquanto os países definem os critérios de permanência e integração, a FIFA estabelece regras próprias sobre quem pode representar uma seleção nacional.
Os Estatutos da FIFA, em particular os artigos 6.º a 10.º dos Regulations Governing the Application of the Statutes, impõem critérios rigorosos de elegibilidade: apenas quem possui nacionalidade efetiva, por nascimento ou naturalização válida, pode ser convocado.
Para quem adquire nova nacionalidade, os requisitos são ainda mais exigentes, incluindo prazos de residência de três a cinco anos, dependendo da idade de chegada ao país.
A lógica é clara: não basta possuir um passaporte, é necessária uma ligação genuína ao Estado. Jogadores com múltiplas nacionalidades só podem representar um país se cumprirem critérios de vínculo direto, seja por nascimento, ascendência ou residência prolongada.
O conceito de residência é rigorosamente regulado, permitindo apenas interrupções breves. E no caso de transferência internacional do jogador? Reinicia o contador do prazo de residência.
O célebre one-time switch - que permite a um jogador mudar apenas uma vez a seleção nacional que representa para outro país cuja nacionalidade detenha - segue a mesma lógica restritiva: só pode ocorrer uma vez e depende de critérios precisos quanto à idade, aos jogos disputados (oficiais e/ou internacionais AA) e à nacionalidade na primeira convocatória.

Exceções necessárias para realidades profissionais excecionais
Ora, não deve ser descurado que o futebol profissional apresenta características próprias: carreiras curtas, mobilidade constante e forte dimensão internacional. Entendemos, por isso, que é legítimo questionar: não deveria o regime migratório em Portugal prever mecanismos ajustados a estas realidades, de forma a garantir que o país continua a ser um destino atrativo para o talento internacional em tempo útil?
A influência da imigração no desporto português é inegável. A história recente está repleta de atletas que, chegados ainda jovens, completaram aqui a sua formação, construíram raízes e encontraram uma verdadeira pátria desportiva.
Com o novo quadro legislativo, figuras históricas do futebol português, como Deco ou Pepe, poderiam ter enfrentado atrasos significativos na obtenção de residência ou nacionalidade, impactando a sua integração competitiva.
Assim, a decisão de um atleta vir para Portugal depende cada vez mais não apenas da atratividade do futebol nacional, mas também da capacidade do Estado garantir estabilidade documental, celeridade nos vistos e um percurso de integração viável.

Entre rigor e integração: a necessidade de um equilíbrio
Surge, assim, um dilema: como conciliar rigor e credibilidade com a proteção de trajetórias legítimas, sem transformar o sistema migratório numa barreira quase intransponível?
Reconhecemos que encontrar este equilíbrio é difícil, mas essencial. Portugal precisa de um regime migratório robusto contra abusos, mas que também reconheça a realidade social e competitiva do desporto.
Num mundo globalizado, o futebol é um espaço onde identidades se cruzam, evoluem e se renovam. Entendemos, por isso, que a lei deve acompanhar esta realidade, equilibrando a rigidez que protege com a flexibilidade que integra, sob pena de comprometer parte significativa do futuro do desporto português."

BolaTV: Afunda - S06E17 - Está OKC a caminho das 74 vitórias?

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Campeões do Mundo


Parabéns a todos envolvidos na conquista do título máximo Mundial na categoria de sub17!

Recordo, como fosse ontem, as conquistas de Riade em 89 e na Luz em 91, passaram 34 anos, desde da última vez, que Portugal se tinha sagrado Campeões do Mundo numa categoria de Futebol!!!

A raridade do acontecimento é só por si esclarecedora!!!

O Benfica, foi representado por 9 Atletas, e na minha opinião o Gil Neves devia ter feito parte deste plantel (como o fez no Europeu), e mesmo o Isaac Ferreira e o Martim Vasconcelos podiam ser Campeões ao lado: do Banjaqui, do Mauro, do Ricardo Neto, do Zé Neto, do Quintas, do Figueiredo, do Stevan, do Pastel e do Anísio!

Os Laterais, vão ser titulares na equipa principal, provavelmente já na próxima época, o Quintas e o Pastel talvez leve um pouco mais de tempo, mas vão ser jogadores de Seleção, o Mauro até pode mudar de posição, para Lateral Esquerdo ou Trinco, mas vai ser jogador... o Anísio mantendo a intensidade também! O Figueiredo que já jogou na B, também... Tenho dúvidas no Ricardo Neto e no Stevan, mas... temos aqui uma base, que com boa gestão, pode ser a espinha do plantel daqui a 2 ou 3 anos...

Bernardo Lima e o Chermik vão ser jogadores de topo igualmente... o Verdi também!

290 dias depois… ele voltou! E está a viver o sonho de sempre 🥹🫶

This one was for you, Amar ❤️ 𝗘 𝗣𝗟𝗨𝗥𝗜𝗕𝗨𝗦 𝗨𝗡𝗨𝗠.

Treino...

Mourinho tem crédito ilimitado no Benfica


"Para o treinador não há meio-termo, é tudo ou nada. E os jogadores têm de reagir. Quem conseguir vai melhorar, quem não conseguir só tem uma saída, deixar a… Luz.

José Mourinho já venceu as eleições do Benfica, é o verdadeiro diretor de comunicação do clube e agora também já ganha na… Champions.
Sou e sempre fui um fã incondicional do special one e considero um privilégio para todos tê-lo de volta ao campeonato português. Marcou uma era no história do futebol mundial e, claro, é uma referência para todo e qualquer treinador. Ou não tivesse ganho já tudo o que havia para ganhar.
Também fora de campo é inigualável. Cada minuto diante dos jornalistas é precioso. Traz sempre algo de novo e tem uma capacidade ímpar para a todos nos colocar a refletir.
Privei já lá vão uns bons anos com ele, quando treinava o UD Leiria, e desde logo constatei que era completamente diferente de todos aqueles que eu conhecia. E foi aí que percebi o que significavam os mind games. Para ele a comunicação social é uma arma. Preciosa. É um mestre na comunicação e tem uma capacidade inigualável para entrar na cabeça de todos.
Foi assim que interpretei as duras críticas aos jogadores após o jogo com o Atlético, para a Taça de Portugal. Melhor aos nove jogadores que entraram de início no Restelo e que, se pudesse, teria substituído. Chamem-se eles Ivanovic, Barrenechea ou Tomás Araújo… Foi, sim, uma autêntica terapia de choque. Mourinho é assim, para ele não há meio-termo, é tudo ou nada. E os jogadores têm de reagir. Quem conseguir vai melhorar, quem não conseguir só tem uma saída, deixar a… Luz.
Mourinho não abdica de ditar as regras e quem o contrata sabe ao que vai. Rui Costa, obviamente, sabia e por isso desde o primeiro dia que lhe deu carta branca. Agora é… esperar. Pelos resultados, claro.
De resto, tudo perfeito. O presidente foi reeleito sem mácula e considero que só alcançou a votação que obteve por ter contratado Mourinho. O treinador não só foi um escudo precioso, como de imediato fez todos os benfiquistas acreditarem no sucesso imediato, mesmo os mais descrentes.
Agora, é ganhar, ganhar e… ganhar. Pelo menos até janeiro, com a ajuda de… Ivanovic, Obrador, Schjelderup, todos a quem, já se percebeu, torce o nariz, ou mesmo Samuel Dahl, contratação que o diretor-geral Mário Branco deu a entender publicamente ter sido um erro de casting.
É no campo, contudo, que têm surgido os problemas. O terceiro lugar na Liga é, logicamente, pouco, como de menos são os três pontos em cinco jogos na Champions. Quatro deles já com Mourinho. Também considero que a derrota com o Qarabag complicou e muito as contas do apuramento, mas não é «o drama da situação», como Mourinho insistiu em dizer em Amesterdão. O desaire com os azeris foi na primeira de oito jornadas, pelo que a chave da qualificação não pode estar repetidamente ancorada ao jogo de estreia.
O special one deve, sim, olhar para o passado para dizer o que disse após o jogo com o Ajax: «Deem-me o crédito de poder obviamente errar, mas também de achar que às vezes posso fazer as coisas bem.»
Tem toda a razão. E, no Benfica, considero que o crédito de Mourinho é ilimitado. Pelo menos, até final da época. Rui Costa e o treinador foram muitos inteligentes ao redigirem o contrato que permite a cada um revogá-lo feito o balanço dos… resultados."

Benfica: Mourinho e o ADN de campeão


"Desde o primeiro momento que Mourinho tem claro o que deve ser a cultura encarnada, mas é preciso semeá-la.

Sem saber o futuro, José Mourinho ficou de certo modo preso às declarações de quando treinava o Fenerbahçe e elogiou o plantel do Benfica. É algo que se vira contra o técnico quando reflete sobre as carências encarnadas agora. Mourinho estaria a ser honesto no elogio, mas também falava como um treinador adversário, numa lógica de comunicação que necessitava de valorizar quem tinha pela frente. Um ponto que também tem de ser ponderado na apreciação às palavras do técnico na altura. Mais importante do que disse Mourinho em agosto é aquilo que disse desde que chegou à Luz. Entre outras coisas, afirmou que havia trabalho bem feito por Bruno Lage e a derrota com o Qarabag não a recordou só agora, lembrou-a já na antevisão do segundo jogo, com o Rio Ave: «Perder como perdemos com o Qarabag, obviamente que as pessoas não se identificam com isso.»
Após as eleições, escrevi que o foco virar-se-ia para Mourinho e que seriam necessárias vitórias para a estabilização do clube. Mas o próprio Mourinho é uma espécie de para-raios, com o seu estatuto e o seu modo de comunicar a proteger a relação entre campo e bancada. Será por isso, também, que o treinador se sente legitimado para criticar os seus em público após o fazer em privado.
Mourinho, também antes desse jogo com o Rio Ave: «Ou o Benfica vence ou sai morto!» Indo mais atrás ainda, recuperando o que afirmou sobre o Benfica, está claro o que idealiza numa equipa encarnada. Mourinho viu um Benfica que algumas gerações desconhecem, e nesse capítulo o discurso bate certo com o imaginário do adepto, de um clube tão grande como os maiores do mundo.
É essa ideia que acarreta com ela um nível de exigência, em todos os momentos, nos pequenos palcos da Liga, na Taça e não apenas quando o adversário exige maior concentração pelo seu tamanho. Mourinho sabe o que é ser grande e, por isso, tem de ser figura central em semear uma cultura muito própria num grupo que, visto de fora — e com as limitações que isso tem — parece necessitar de um abanão para desenvolver um nível de performance positivo e constante.
O treinador tem falado sobre a formação com alguma insistência. Como lembrou Rui Costa na campanha, o Benfica é campeão em todos os escalões e, portanto, há quem esteja a crescer no Seixal com aquilo que me parece que Mourinho procura quando pede alma: ADN de campeão.
Dirão alguns que o problema não está aí, que isso é só «bater no peito» e parte da narrativa que Mourinho quer ter. Basear-se-ão no que «joga» o técnico hoje em dia, o que tem sido alvo de discussão nos últimos trabalhos do setubalense. O que me parece que nunca falhou é Mourinho ter-se enganado na identidade dos grupos que teve e alguns dos problemas que já elencou em entrega e concentração foram visíveis com Lage. O Benfica pode estar longe do patamar exibicional desejado, mas a semente competitiva que Mourinho procura fazer crescer será essencial não só para agora, como para um futuro para além da duração do contrato do técnico, mesmo que isso implique que sejam outros a colher o resultado dela."

Falar Benfica - Conversas Gloriosas #32

Os três do costume #11 - A Europa é Nossa!! Pleno de Vitórias até agora!

BF: Rumores...

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Sem Pote, mas com garras

Observador: E o Campeão é... - O Sporting está maduro e há muito mérito de Rui Borges

Observador: Três Toques - Jogo na Bolívia termina em batalha campal e 17 expulsões

ESPN: Futebol no Mundo #512

TNT - Melhor Futebol do Mundo...

PortugueseSoccer: Liga Portugal Match Day 12, Under 17 Seek World Cup History, Historic Boavista Near Closure

União e ambição


"O tema em destaque nesta edição da BNews é a intervenção pública do Presidente do Sport Lisboa e Benfica na festa de aniversário da Casa Benfica Caldas da Rainha.

1. Determinação
O Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, participou na comemoração do 73.º aniversário da Casa Benfica nas Caldas da Rainha e aproveitou a ocasião para anunciar a realização do Congresso das Casas em 27 e 28 de março do próximo ano.
Rui Costa sublinha ainda que "este é o momento de união e de ambição" e que conta "com o apoio de todos", assim como garante: "Podem contar sempre com a minha determinação e a minha paixão por este clube."
Relativamente ao momento da equipa de futebol, o Presidente do Sport Lisboa e Benfica transmite uma mensagem de confiança: "Sabemos que temos a capacidade e o valor para ultrapassar as dificuldades e dar a volta por cima, chegando aos objetivos que estão traçados. Já conquistámos uma Supertaça e garantimos igualmente o acesso à Liga dos Campeões. Mas não basta, queremos muito mais! Mantemos ambições intactas em todas as frentes e acreditamos muito na nossa qualidade."

2. Bastidores
O triunfo em Amesterdão a contar para a UEFA Youth League visto por dentro.

3. Últimos resultados
Em hóquei em patins, o Benfica ganhou, por 2-1, frente ao Juventude Pacense. Em basquetebol, no feminino, derrota no reduto do Ostrava, por 85-52.

4. Convocatória
Na mais recente chamada da seleção nacional Sub-15 constam quatro atletas do Benfica.

5. Mundial de futsal no feminino
Acompanhe o desempenho das jogadoras do Benfica."