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domingo, 12 de outubro de 2025

Considere-se o mexilhão avisado


"«Nós [os três grandes] dominamos provavelmente 80 por cento da demografia desportiva portuguesa. Em Itália, Espanha ou Alemanha há forte identificação regional, o que não acontece cá»
André Villas-Boas, presidente do FC Porto, no Portugal Football Summit

Diz o povo que quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão, e o mexilhão do futebol português pode considerar-se avisado, a partir de hoje, porque vem aí o mar.
Depois da posição do Benfica de deixar a Liga Centralização, que negoceia a centralização dos direitos televisivos a partir de 2028, imposta por lei, os recados de André Villas-Boas, presidente do FC Porto, no Portugal Football Summit, tiraram quaisquer dúvidas: seja qual for a fórmula encontrada para dividir as receitas de TV (se realmente se chegar à centralização, porque tenho dúvidas que aconteça, tal o atraso no processo), o bolo terá de ir quase todo para águias, dragões e leões. Os mais pequenos que se lixem.
Quando a Liga acenava com 300 milhões de euros anuais para dividir por todos, a ilusão de que o mexilhão iria sair beneficiado manteve-se...
Agora que se percebeu que os 300 milhões são impossíveis (nem 200...), os grandes fazem finca-pé de que não estão dispostos a perder dinheiro, lembram o impacto que têm no mercado — os tais 80 por cento de que fala Villas-Boas, se olharmos apenas para os clubes da Liga e não para todo o panorama, até talvez pequem por escasso —, a forma como arrastam, mesmo assim, as poucas receitas dos outros para cima (com bilheteira, apostas e cedência de verbas da UEFA, como lembrou AVB), e o mexilhão não tem por onde fugir da rocha..."

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