"A estreia do Benfica no Mundial americano assemelhou-se a um filme de cowboys. Não dos mais requintados, como os de John Ford ou Howard Hawks, mas daqueles de série B, com pancadaria do princípio ao fim e gritos na plateia.
Não sei quantas equipas europeias estariam preparadas para enfrentar 'aquilo'. E por mais jogos que já tenhamos visto da Copa Libertadores, quando toca a nós, o efeito é perturbador.
O Benfica, mal ou bem, tentou jogar futebol. O Boca Juniors entrou em campo com outras intenções, e rapidamente transformou a partida numa outra coisa qualquer. Entradas duríssimas, agressões, provocações, simulações, quebras de ritmo, enfim, um manancial de tácticas subterrâneas, de fazer inveja ás equipas mais pequenas e belicosas da nossa Liga. Só faltou levarem armas.
É claro que nada 'daquilo' teria sido possível sem a complacência de uma arbitragem, digamos, ridícula. Total ausência de critério e de rigor, exibicionismo, e uma gestão de jogo caótica. Por fim, 5 minutos de compensação numa 2.ª parte que esteve constantemente parada e justificaria um extra bem mais prolongado. Sem dúvida, uma péssima promoção para a nova prova da FIFA.
Do que sobrou do triste espectáculo fica um empate, que os próximos jogos ditarão se foi, ou não, um bom resultado. Face às circunstâncias do jogo, face aos minutos de inferioridade numérica, recuperar de 2-0 para 2-2 deixou-nos, pelo menos, em condições de ir para a cama com alguma serenidade e sem perder o sono.
Agora há que vencer o Auckland City, preferencialmente por uma diferença de golos significativa, e depois se verá como fica a classificação à entrada para a última jornada. Este sonho americano, para já, continua vivo.
PS: Parabéns ao nosso basquetebol, pelo tetracampeonato, e à nossa formação, pelo inédito hat-trick de títulos."
Luís Fialho, in O Benfica

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