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domingo, 13 de julho de 2025

O fracasso da FIFA no Mundial de Clubes


"«Não estou nada preocupado em encher um estádio quando as equipas vêm jogar um Mundial, vêm competir por algo a sério, e não apenas um particular em que às vezes jogam com a segunda ou terceira equipa.»
Gianni Infantino, presidente da FIFA, em abril, sobre as assistências do Mundial de Clubes

Muita gente viu, em Portugal, o ar desolador do Estádio Inter & Co, em Orlando, que recebeu o Benfica-Auckland City da fase de grupos do Mundial de Clubes.
Um dos estádios mais pequenos deste Mundial — lotação para 25.500 espectadores, quando no Mundial de seleções cada estádio tem de ter no mínimo 40.000 — estava mesmo assim quase vazio, apenas 6.730 pessoas nas bancadas, ocupação inferior a 26 por cento. Na prática, estavam três cadeiras vazias a cada quatro.
O que muita gente não viu foi que ainda houve pior: no mesmo estádio, três dias antes, apenas 3.412 pessoas assistiram ao Ulsan-Mamelodi Sundowns (13 por cento de ocupação).
A FIFA acreditou que, por se tratar de um Mundial, as pessoas iriam querer estar nas bancadas. Mas nem os preços dinâmicos (prática comum nos EUA, que neste caso, devido à falta de procura, significou que foram caindo quanto mais se aproximavam os jogos) evitaram que houvesse estádios às moscas.
E o problema vai repetir-se no Mundial de seleções, em 2026: com 48 equipas, algumas delas nada entusiasmantes para o público em geral, 104 jogos e um organizador que barra sem critério pessoas à entrada no país e cria um sentimento de insegurança em quem pensa ir à bola, haverá jogos em que nem que com bilhetes de graça a lotação esgotaria."

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