"É futebol, naturalmente, bom e cada vez melhor, no campo e fora dele, porque adeptas e adeptos não faltam, e basta ir a qualquer jardim ou escola para ver que todos jogam à bola desde a mais tenra infância.
É claro que a matriz histórica de formação do futebol em meados do século XIX inglês deixou uma marca indelével, até aos nossos dias, de que o futebol seria um desporto masculino.
E foi de facto assim, mas sempre com exceções, quando surgiu nas elites educadas dos gentleman ingleses.
Logo de início as classes populares entraram também ao jogo e conquistaram-no não apenas como adeptos, mas como jogadores. Foi até instrumental e adquiriu relevância política na luta de classes típica desse tempo dos primórdios da industrialização.
Depois é olhar para o que aconteceu e ver o futebol a transformar-se no maior desporto do massas alguma vez existente.
Quando o futebol surgiu a condição feminina era ainda a de lutar por um salário igual, pelo direito de voto, pela não menoridade jurídica da mulher, e essa caminhada necessária e tão difícil como necessária prolonga-se ainda em muitos aspetos até aos nossos dias.
Já não anda para trás, seja na família, seja no emprego, seja na política, seja no desporto. Já não anda para trás, e ainda bem, porque a humanidade não pode dar-se ao luxo de desaproveitar mais de metade do seu capital humano, e que metade fantástica!
O Benfica sabe bem disse e inova sempre, ou não fosse o único em Portugal a ter equipas femininas em todas as modalidades.
Carrega!"
Jorge Miranda, in O Benfica

Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!