"Saio do hotel a escassas centenas de metros de Times Square e viro à direita em direção da icónica praça que hipnotiza quem vem de outros mundos.
O objetivo é encontrar vestígios do Mundial de Clubes a três dias do pontapé de saída da prova no Inter Miami-Al Ahly, jogo do grupo do FC Porto.
Vejo grupos de espanhóis e o máximo de portugalidade com que me cruzo é um casal de portugueses que deixa mais tranquilo porque parece tão ou mais esmagado do que eu pelo gigantismo da arquitetura de Manhattan e uma camisola de Cristiano Ronaldo, da Seleção Nacional, na Pelé Soccer. Vá! E uma loja vazia, mas cheia de «Portuguese Sardine».
Gente com camisolas do FC Porto? Do Palmeiras? Do Fluminense ou do Borussia Dortmund, todas equipas que daqui a uns dias farão jogos no Metlife Stadium? Talvez já andem por aí, mas ainda não a ostentar orgulhosamente o escudo numa camisola ou num boné.
Talvez numa qualquer outra cidade europeia ou da América Latina o Mundial já estivesse em ebulição, ainda para mais sendo este um Mundial de Clubes da FIFA como nunca o vimos. Lojas cheias de merchandise, adeptos a beber nas ruas e a cantar bem alto os nomes dos clubes, ou até mesmo em confrontos como, lamentavelmente, não raras vezes se vê, era o mínimo já por estes dias.
Mesmo que alguns clubes dispensassem não o dinheiro, mas mais esta ralação no fim de uma época longa, desgastante e cheia de sequelas físicas e psicológicas e num período em que é difícil determinar se lhe devemos chamar fim ou princípio de época.
Mas ninguém pode dizer que a FIFA não se tem esforçado, depois de ter colocado as expectativas bem lá no topo de um arranha-céus. Em Times Square deve ter investido uma fortuna naqueles enormes jumbotrons que vão passando imagens de Messi, Haaland, Kane, Dembélé, Cavani e dos 32 clubes em competição e cujos jogos – lembra-se quem fizer o favor de olhar para cima e reter toda a informação naqueles blocos de 15 segundos de rodam alternadamente com outras publicidades – podem ser vistos sem custos na DAZN ou, para quem quiser/puder vê-los ao vivo, a preços bem mais modestos do que os praticados quando os bilhetes foram postos à venda, não estivesse a lei da procura e da oferta agora a penalizar o vendedor.
Uma coisa é certa! Este Mundial ficará na história. De uma forma ou de outra."

Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!