"É intuitivo e parece inconsequente juntar estas duas gerações pondo-as a falar do planeta em que cada uma vive e fazendo-as interagir em experiências enriquecedoras do ponto de vista humano e afetivo.
Isto seria por si só importante, pela alegria e pelo bem-estar que traz a todos, mas na verdade daqui resulta muito mais do que isso, uma vez que esta relação é construtora de um importante cimento social.
Este fenómeno está estudado, e são bem conhecidos os efeitos sociais deste contacto entre as gerações dos avós e dos netos. É aqui, se, entre gerações consecutivas, os pais ensinam aos filhos o sentido prático da vida, é entre gerações alternadas que se passam a civilização e os valores. Por outras palavras, compete aos pais ensinar a regra, moldar a conduta ou obrigar a comer a sopa, mas os avós, contudo, permitem mais exceção e mimam as crianças com guloseimas e carinhos. Parece que lhes permitem e perdoam tudo, mas pelo meio ligam-nas às suas origens, ensinam-lhes o bem e o mal, e ajudam-nas a construir a sua estatura moral.
A vida é feita de sonhos e ação, de pensamentos e da sua concretização, por isso não queremos que ninguém faça sem pensar nem pense sem fazer.
O que queremos, sim, é que cada criança, em pequena e quando cresce, faça Portugal, justo, solidário e forte.
E para isso, além dos pais e da comunidade no seu todo, servem muito as palavras e as brincadeiras dos avós."
Jorge Miranda, in O Benfica

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