"O que o Benfica necessitaria é de uma estrutura do futebol. Uma, não se diz boa ou ótima, porque não conhece existência. Um treinador que fosse também 'manager', que liderasse as tropas e que comunicasse bem para o exterior. E o que Bruno Lage não parece que seja
Bruno Lage é o novo treinador do Benfica. Um regresso. Mas de todos os nomes que foram desfilando como prováveis sucessores de Roger Schmidt, o do técnico de 48 anos em segunda passagem pelo comando da equipa principal de futebol do clube da Luz é o que menos entusiasma os benfiquistas.
Não se perceba que os adeptos encarnados não gostam de Lage, apenas não os empolga, talvez por motivar-lhes sentimento misto, agridoce, por ser conotado com o sucesso e com o fracasso. Contrabalança, portanto. Por um lado, para as águias é doce memória de uma Liga ganha após reviravolta épica de sete pontos, por outro, recordação amarga de fim de ciclo desastroso e até imagem desgastada.
De qualquer modo, afigurou-se como a melhor escolha possível pelo Benfica. Disponível, conhecedor do clube, seu simpatizante (que é sempre elemento não despiciente no perfil do treinador português num grande, embora haja exemplos cabais que o desmentem), valorizador dos recursos da formação e já campeão na casa. Parece-nos que é tudo (e não é pouco).
Contudo, no mundo ideal, o que o Benfica necessitaria é de uma estrutura do futebol. Uma, não se diz boa ou ótima, porque não conhece existência. Uma personalidade que, mesmo sem necessidade de rosto ou voz públicos, comandasse para dentro. Essa figura de Rui Costa presidente-manager já se percebeu que não resulta, por falta de perfil. Por isso, treinador que fosse também manager, que liderasse as tropas e que comunicasse bem para o exterior, é o que o Benfica mais precisa. E o que Bruno Lage não parece que seja."
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!