"Quem cumpre não faz mais do que a sua obrigação. Quem não cumpre é estranhamente protegido por um sistema que perpetua os maus pagadores. Os pouquíssimos clubes que respeitam a lei, que pagam a tempo e horas ou que não têm dívidas a outras sociedades desportivas não são agraciados com medalhas ou elogios da Liga profissional. Já os outros, os incumpridores, podem fazer o que lhes dá na real gana: adiam pagamentos, reestruturam dúvidas, contratam treinadores e jogadores sem pagar, e nada lhes acontece. Continuam a jogar no campeonato dos mais fortes, desvirtuando a verdade e quebrando regulamentos. Vem isto ainda a propósito das já noticiadas despromoções de Desportivo das Aves e Vitória FC (Setúbal) por não apresentarem as garantias necessárias para disputar o principal campeonato de futebol. Entre elas, por exemplo, estão dívidas a outras sociedades desportivas.
É assim que deve funcionar o futebol profissional? Não me parece. Se queremos um campeonato forte, com equipas profissionais e competentes e em igualdade de circunstâncias, não pode haver protegidos. Nada contra avenses e vitorianos (tanto, que o processo do VFC ainda decorre), o alvo é geral. Quem não cumpre não pode jogar. E se pode haver alguma compreensão em ano de pandemia, já o mesmo não podia ter acontecido ao longo dos últimos anos. Nem nos próximos. Já para não falar da megalomania de ter 18 equipas na divisão principal. E ter tantos incumpridores entre elas."
Ricardo Santos, in O Benfica
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