"A confirmar-se Jorge Jesus como trunfo eleitoral de Luís Filipe Vieira, este ganhará, com facilidade, as próximas eleições no Benfica, marcadas para 26 de Outubro. Não creio que Gomes da Silva tenha hipóteses e muito menos o movimento "Servir o Benfica", constituído, na sua grande maioria, por gente anónima.
As eleições no Benfica têm fortes tradições no nosso país e, quanto mais concorridas forem, melhor se honra os seus pergaminhos. Dizia-se mesmo, durante o Estado Novo, que eram as únicas eleições livres e democráticas que havia em Portugal.
A primeira vitória de Jorge Jesus, se vier, claro, como tudo indica, será, de facto, a de Luís Filipe Vieira, que se apresenta nas urnas com grande supremacia sobre os seus prováveis opositores.
A vinda de Jesus teria ainda a vantagem de mudar a estratégia do futebol dos 'encarnados', já que não é adepto da formação. Não é por acaso que o jornal Record fala no regresso do central Garay, se houver acordo entre o Benfica e Jesus. Outros nomes sonantes do futebol se seguirão, certamente, pois o provável futuro treinador das 'águias' não deverá esquecer que o seu esplendor na Luz foi com jogadores da estirpe de Aimar, Di Maria, Ramires, Coentrão, David Luís, etc. Como diria o saudoso Otto Glória, sem ovos não se fazem omeletas.
Costuma-se dizer que não se deve voltar ao lugar onde se foi feliz. Mas não creio que este dito se aplique ao Benfica, pois Jesus seria o décimo treinador a regressar e só três não foram bem sucedidos nesse retorno.
A sua obra como treinador é um bom presságio para voltar a triunfar. Nem será preciso falar do que fez no Benfica e no Flamengo. Até no Sporting, deixou a sua chancela. Ganhou a Taça da Liga e, em condições normais, teria conquistado a Taça de Portugal. Seria, então, preciso recuar muitos anos no tempo, para depararmos com uma época, em que o clube 'leonino' tivesse dois títulos.
Não sou dos que têm, longe disso, 'parti-pris' contra Jesus por ter ido treinar o Sporting. Nem ninguém, de boa-fé, poderá ter. Sendo profissional - excelente até, como Vieira acentuou, muito recentemente, - Jesus só pode ser apreciado à luz deste pressuposto. Tudo o resto não passa de fanatismos, que tornam, por vezes, irrespirável o ambiente em que vive o futebol português."
Se o presimente não for engavetado antes,,,
ResponderEliminarClaro, com a supersónica justiça que temos neste país, mais depressa se engavetam Ramas e quejandos do que um presiDente de um clube.
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