"Há dois dias tive oportunidade de escrever, neste mesmo espaço, que a decisão de realizar jogos à porta fechada era louvável, mas que muito em breve seria substituída pela suspensão das competições. E não o fiz por ter em minha posse qualquer bola de cristal, apenas porque, tendo em conta a progressão da doença, se tratava da única medida capaz de contribuir para a contenção do Covid-19. Sejamos absolutamente claros: nesta altura do campeonato só há uma prioridade: para a pandemia. No mais, como diz o povo, 'que se lixe a taça'.
Uma vez colocada esta realidade em perspectiva, e postos em marcha todos os mecanismos susceptíveis de contribuir para derrotar o novo coronavírus, não virá mal ao mundo se especularmos algumas hipóteses para o day after no desporto, como e o que fazer quando a competição receber luz verde para ser retomada. Mas, porque estamos perante uma situação sem fim à vista, e ninguém pode dizer se vamos estar sob ataque durante mais três dias, três semanas ou três meses, importará, isso sim, manter viva a noção de que só decisões extraordinárias responderão cabalmente ao desafio extraordinário com que estamos a ser confrontados. E essas decisões, internas e internacionais, poderão passar por não haver resultados homologados em 2019/2020, jogando-se 2020/2021, nos termos existentes em Agosto de 2019; e pelo adiamento, especialmente, do Euro-2020 e dos Jogos de Tóquio.
Soluções, haverá muitas. Fundamental é que cada um de nós, nestes tempos de guerra contra um inimigo comum, esteja à altura das circunstâncias.
PS - Fui confirmar ao dicionário e, de facto, quarentena não é sinónimo de férias..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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