"Parece que o estou a ver ali, com 90 minutos de Benfica nas costas, entra num derby a frio e numa das primeiras intervenções, esfarrapa a testa toda na nuca de um pinoco às riscas. Estava apresentado o "Jardel do Olhanense", central com nome de ponta de lança, alto, moreno e tosco que vinha substituir o David Luiz. À primeira impressão, não lhe dei mais de 6 meses à Benfica. 9 anos depois, com 15 títulos no bornal e outras tantas lacerações no frontispício, consta que o Capitão Jardel, central com nome de toxicodependente, alto, moreno e já só medianamente tosco, pode estar de partida do Glorioso.
Parece que o estou a ver ali novamente, com 4 anos de Benfica, entra a titular na 1ª jornada da Liga dos Campeões contra o Zenit, e em constantes vagas de ataque russo, esfarrapa a nossa defesa toda. Estava apresentado o substituto do Garay e nos meus olhos só passavam flashes de épocas idas, de sofrimento e dor. Terá sido a última aparição do "Jardel do Olhanense". Como todo o Eusébio tem o seu Simões, em pouco tempo Luisão encontrou no catarinense o seu irmão branco, companheiro da liderança defensiva e na hora da despedida, herdeiro da braçadeira mágica.
Jardel nunca foi prodigioso e longe esteve de ser "o" central do Benfica. Mas só eu sei o que iria rir se em 2011 me dissessem "quando ele for embora, vais ter saudades", como já estou a ter. De desconchavada fonte de perigo para a nossa baliza, passou a ser o Líder da Armada. Se e quando sair, o Benfica perde Um de Nós, poupa uns valentes cobres em Betadine e pode dispensar dois ou três enfermeiros. Se Fejsa o acompanhar, o Glorioso até pode por termo ao protocolo com o Hospital da Luz. Pode ser cedo para despedidas, mas antes que seja tarde, aquele Abraço Capitão."
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