"Talisca, ex-jogador do SLB 2014/16, agora em regime de empréstimo ao Besiktas, apontou, com mestria, o golo que tirou uma vitória ao Benfica e liquidou uma boa maquia do produto da sua cedência. Nada a apontar quanto ao seu profissionalismo que, ainda há pouco tempo, foi decisivo em golos similares contra o Bayern e o Marítimo, este em jornada crucial da última Liga.
O minuto 92, de má memória, parece estar a voltar. Recordo o incrível falhanço de Lindelof que derrotaria o Vitória de Setúbal e agora este golo de Talisca.
Para além da decepção do resultado, o que, porém, mais me incomodou foi o modo exuberante e pseudo-místico como o baiano festejou o golo no Estádio e contra o clube que o tornou conhecido. Um pouco de recato teria sido um acto de inteligência e de elegância para com a sua (ainda) entidade patronal. Depois bolsou, relesmente, palavras de mau gosto, de vendetta e de contradição com o que antes dissera.
Sei que há algumas excepções (raridades) nestes festejos face a um anterior clube (veja-se ontem C. Ronaldo). Mas Talisca optou pela norma do futebol mundo-cão. Juras de eterna consideração são só tretas. Só lhes interessa o vil metal, estão-se marimbando para a ideia de gratidão, revelam um carácter onde a consciência não ocupa lugar, pavoneiam-se como os imprescindíveis desse mundo de efemeridade, tudo o que dizem nauseabunda oco ou fingido. Uns calhordas, em suma.
Por mim, dispenso todos as taliscadas que, por aí, abundam. Até para ainda conservar o genuíno gosto pelo futebol. E, já agora, manifesto-me contra a prática de empréstimos deste tipo. Ou ficam ou saem. Uma só cara e um só patrão."
Bagão Félix, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!