"Portugal passou o Europeu inteiro a preparar-se para jogar a final contra um colosso como a França ou a Alemanha
Afinal, Fernando Santos tinha razão: só volta para casa no dia 11. Cá entre nós, quando o disse pela primeira vez, provavelmente era o único acreditar que Portugal podia mesmo chegar à final deste Europeu. Agora que todos sabemos que ele tinha razão, é impossível ignorar o friozinho na barriga que se sente quando o ouvimos dizer com a mesma confiança, no final do jogo de ontem, que "as finais não se jogam, ganham-se". Portugal vai a Paris disputar a segunda final da história do futebol português frente a um de dois gigantes: a França, organizadora do campeonato, que joga em casa e a quem a Selecção Nacional não vence há 40 anos; ou a Alemanha, campeã do mundo em título, responsável pelo atropelamento do Brasil e genericamente intratável. Dois colossos. O que até pode ser uma boa notícia. Afinal, tal como a Grécia nos provou para lá de qualquer dúvida razoável, ninguém tropeça em montanhas. Depois, todos sabíamos que mais cedo ou mais tarde seria necessário jogar com equipas deste calibre. Aliás, é impossível não sentir que Portugal passou o Europeu inteiro a preparar-se e a preparar os adeptos portugueses para esta final. É verdade que, num mesmo patamar de desenvolvimento, é normal que os países com dez milhões de pessoas produzam selecções mais fracas do que os países com 70 ou 80 milhões. Trata-se de uma questão de potencial de recrutamento puro e simples. Para ganhar equipas do tamanho da França ou a Alemanha, não chega ter talento: é preciso ter-se consciência das próprias limitações e ser-se esperto. E há poucas equipas mais conscientes e espertas do que esta, que Fernando Santos desenhou."
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