"A Europa e o futebol
1. O director executivo do torneio tem razão: consiga a polícia francesa manter a violência sob controlo até domingo e o Euro 2016 terá sido um sucesso. Mas, do ponto de vista do calendário, houve mais sorte do que juízo. Em abstracto, uma prova continental com 24 equipas constitui uma insanidade: é demasiado longa e coloca em confronto equipas demasiado desequilibradas. Em concreto, não foi o que aconteceu, por causa das carreiras da Islândia, do País de Gales e mesmo da Irlanda do Norte e da Albânia. Não sei se se repetirá tal coisa, porém. E o intuito foi economicista, não de abertura ao desenvolvimento do futebol em países cujas selecções há tão poucos anos eram a chacota da Europa. Portanto, o melhor, antes de se decidir o que fazer em 2024, é ver como corre 2020. Até porque 2020 traz outra loucura: uma prova repartida por 13 países, com jogos de Baku a Glasgow e de Bilbau a São Petersburgo. Arrisca, a UEFA: do ponto de vista do funcionamento como do da segurança e até do do equilíbrio de condições, essencial à justiça de qualquer competição. Mas, pronto, estamos no tempo de fazer caixa. E de continuar a conquistar espaço ao Mundial, coisa a que o ocaso do Brasil e a derrota da Argentina na Copa América só vieram ajudar.
2. Equipas de atletismo suspensas e equipas de futebol que não conseguem reunir jogadores, golfistas que preferem ficar em casa e laboratórios antidoping desacreditados. Alertas de ex-desportistas e até de polícias em relação aos riscos de segurança. Um vírus que assusta quem ainda queira ter filhos - e agora até uma superbactéria nas praias cariocas. O Rio"16 não podia debater-se com mais obstáculos. Talvez seja uma grande prova. Mas chega a dar ideia de que todo o divertimento deste verão acaba domingo."
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