"No futebol não vale a pena estarmos com muitas filosofias ou explicações técnico-científicas. O Benfica perdeu o clássico por 2-1, ponto final. Nem há vitórias morais. E essa ideia de que não se ganhou por causa de um guarda-redes é apenas uma forma injusta de desvalorizar esse posto, como se no futebol houvesse 10 jogadores e um supranumerário.
Além disso, está definitivamente enraizada - nos media e nos comentários - a prática de as análises depois dos jogos serem em função do resultado. Neste caso, tendo ganho o Porto, lemos por todo o lado, louvaminhas tácticas, técnicas e emocionais ao génio azul e branco. Tivesse o Benfica marcado o 2-1 e ganho a partida com tudo o resto igual e, claro, teríamos as mesmas lisonjas, agora falando do talento encarnado. Aliás, basta recordar a vitória do Benfica no Dragão por 2-0 na época passada onde se pôde constatar o decalque comentarista, ainda que de sinal contrário.
Em dois aspectos, porém, este importante jogo se distinguiu. Arbitragem sem casos e jogadores a jogar sem pensar nas caneleiras do oponente.
Como benfiquista fiquei decepcionado e já habituado a momentos como este. Foi assim há 3 anos, ao perder o título com o empate caseiro contra o Estoril (sim, foi aí que ele se perdeu), no ano passado perdendo em Paços, o que permitiria uma distância de 9 pontos para o 2.° classificado e agora o mesmo neste clássico. Definitivamente o Benfica não se dá bem com estas soberanas oportunidades, nem com o ambiente excessivamente eufórico que à sua volta se cria com parangonas desmedidas por todo o lado que geram um ambiente de que vai ser canja."
Bagão Félix, in A Bola
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