"Sem ser brilhante, mas longe de ser medíocre, o Benfica conquistou mais uma vitória europeia. Está às portas do apuramento, muito graças à união dos jogadores em torno do técnico. Importa realçar o papel de Luisão após a derrota traumática. Um grito de revolta que pode ser decisivo para toda a época.
Nenhum treinador alcança sucesso sem a ânsia de vencer dos seus comandados. À vontade individual de brilhar precisa sobrepor-se, em muitos momentos do jogo, o desígnio colectivo de conquista. Quando cada jogador olha mais para si do que para os movimentos pedidos pela harmonia da equipa, está criado o abismo onde cairá a hipótese de vitória e, com ela, os maiores momentos de brilho individual.
Veja-se o que está a passar Mourinho no Chelsea. Alguma corda se partiu na orquestra antes afinada. Muitas vezes, uma mera decisão imponderada ou injusta torna um ambiente saudável num pantanal onde todos se enterram até chegar um novo líder. Veremos os próximos capítulos do inferno do Chelsea, que tornarão óbvia a incapacidade de Mourinho dar a volta ao balneário ou mostrarão um volte-face que devolva a equipa aos triunfos.
Voltemos ao Benfica, o jogo de ontem mostrou a união que reina na relva. Os jogadores sararam as feridas da dura derrota frente ao Sporting e demandam o futuro tendo Luisão como bússola. Ontem, o capitão decidiu o jogo e, num gesto claro, exigiu respeito. Mas só pode exigir respeito quem se faz respeitar. E, nisso, o grande capitão tem sido exemplar. Para felicidade de Rui Vitória."
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