"Serenidade é talvez a palavra que melhor define o momento da pré-temporada benfiquista. Pode parecer estranho, depois das saídas de treinador e sub-capitão para emblemas rivais. Mas percebe-se, quando se fala de um Bi-Campeão Nacional.
O paradoxo desta pré-temporada é, aliás, a forma como os três principais clubes estão a lidar com as circunstâncias. Do lado de cá, a resposta à fuga - ou traição, ou deserção, ou aquilo que lhe quiser-mos chamar - dos dois elementos acima referidos, não podia ter sido mais adequada. Como alguém disse, tanta calma até parece incomodar a concorrência. O Benfica, que em tempos resistiu à perda de uma figura maior como foi Eusébio, é demasiado grande para depender de figuras menores, cujo lugar na história acaba de ser apagado pelos próprios. Em Agosto, ninguém se lembrará das ausências, e a vontade de vencer poderá mesmo sair reforçada.
Na vizinhança, pós-loucura financeira em torno de um novo técnico, por entre guerras com ex-presidentes, ex-treinadores, processos disciplinares, justas causas, perdões bancários e contratos rasgados, as notícias vão apontando para sucessivos falhanços na contratação de jogadores. Ou me engano muito, ou em breve assistiremos também a uma debandada dos principais titulares.
Mais a norte, o desespero também dita leis. Com membros da Direcção a contas com a justiça, a regra parece ser, contrata-se primeiro, e, quando a dinheiros... logo se vê. Algo me diz que não vai correr bem.
Enquanto isso, no Seixal trabalha-se. Com confiança e entusiasmo. Rumo ao Tri.
Pressão? Loucuras? Ficam para os outros. Nós só queremos os títulos."
Luís Fialho, in O Benfica
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