"Nunca é demais louvar quem merece tal reconhecimento. Nos dias que correm, importa louvar algumas personagens do futebol lusitano. Assim, comecemos pelo árbitro Hugo Miguel, o mesmo que apitou o Benfica - Arouca.
Foi enternecedor observar a diligência e o cumprimento total da letra da lei no momento em que mostrou o cartão amarelo ao Sálvio. Foi um gesto de um árbitro rigoroso, inclemente, que conhecedor das leis do jogo e não tem medo de mostrar um cartão amarelo a um jogador que acabou de ser rasteirado por trás e que depois de cair pediu um cartão amarelo para o homem que o rasteirara. Nem parece o Hugo Miguel que ao ver James simular um penálti numa famosa última jornada, decidiu expulsar o homem do Paços que nada fizera e marcar penálti. Foi um árbitro muito longe daquele Hugo Miguel que, alegadamente, nas escutas daquele processo dourado de que não se pode falar arbitrou o jogo Porto B / Gondomar e «os investigadores da PJ apuraram que o árbitro e a respectiva equipa foram 'premiados' com objectos em ouro.» (cito um artigo do jornal 'O Público').
Enfim, naquele cartão amarelo vai toda uma mudança de rumo na carreira. Vai tarde, mas vai a tempo e isso é sempre de louvar.
Num outro plano, importa louvar o nosso rival FCP que, numa atitude de grande desportivismo e revitalização da memória da cidade do Porto, decidiu, desde há uns anos, festejar o aniversário de um extinto clube da Invicta fundando a 28 de Setembro de 1893. Apesar da rivalidade que nos separa, registe-se esta digna atitude que, certamente, deixaria muito orgulhoso o homem que fundou o FCP em 2 de Agosto de 1906, José Monteiro da Costa.
Termino, pedindo desculpas aos leitores por ter escrito no mesmo texto acerca do cavalheiro Hugo Miguel e o do FCP, duas entidades que nunca vimos misturadas em nenhum contexto futebolístico."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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