"O nosso Benfica empatou em casa com o Arouca. Perdemos ingloriamente dois pontos, virámos (por agora) as costas ao primeiro lugar e, se não aprendermos com os erros cometidos, poderemos acrescentar outros tantos “perderes” a este perder.
Nós, benfiquistas nas bancadas, começámos a perder quando percebemos (e foi logo nos minutos iniciais) que pagáramos para ver um jogo de futebol e assistiríamos a um anti-jogo de futebol. Aquilo foi um não acabar de simulações de lesões, perdas de tempo absurdas, gente a cair fora do campo e arrastar-se para dentro do campo no intuito de queimar tempo… e o árbitro a promover que aquele triste espectáculo de anti-jogo se transformasse em regra aceite e legitimada. Foi igualmente notório que a sorte nos virava costas nas ocasiões de golo que se não conseguiam concretizar. No entanto, as costas que a sorte nos voltou não são suficientemente largas para arcar com as responsabilidades todas. Também a qualidade e a competência nos viraram costas nos golos sofridos e nos golos esbanjados. Além disso, a atitude que se exige aos nossos profissionais virou-nos costas, quando percebemos que os nossos encararam aquele jogo como um jogo que se “ia resolvendo” em vez de ser um jogo “para resolver”. O treinador, na bancada, teve opções que viraram costas ao senso comum de quem, também na bancada, não percebia as opções tomadas.
Para cúmulo dos cúmulos, no final do jogo, enquanto esperávamos que os futebolistas (como exige a tradição benfiquista) se dirigissem ao centro do relvado para agradecer aos que na bancada sempre os apoiaram, observámos que a nossa equipa nos virava as costas. No final de tudo isto, fica a certeza de que nós, os amadores, não viramos costas à equipa e continuaremos lá, na bancada, a abraçar o Benfica."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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