"Ontem escrevi sobre a paupérrima actuação do Benfica no jogo com o Arouca. Hoje poderia falar sobre a boa exibição contra o PSG. Os mesmos jogadores, incapazes de vencer os remediados, foram depois competentes para vencer os milionários.
Várias explicações (que não razões) para tal. Desde logo, jogando na Champions com 11 e não om 10+ Cortez, o que é de todo diferente. Agora ainda menos percebo a escolha do brasileiro quando, afinal, André Almeida não jogou na Champions.
Depois, o efeito-montra no subconsciente de alguns atletas. O que correu Gáitan no jogo europeu comparado com o frete arouquense! E Markovic acordou de um sono pesado de há dias. Já Matic faz toda a diferença porque além de bom jogador, jogo com a mesma intendidade em todos os jogos, seja qual for o opositor. O mesmo se diga de Enzo Perez e do esforçadíssimo Maxi Pereira.
Por fim, a dificuldade (por vezes aliada à desconcentração) que o Benfica sempre tem contra equipas fechadas a sete chaves, situação que, na Luz, terá que saber ultrapassar com quase todos os adversários na Liga.
Apesar dos 10 pontos conseguidos, fica o regresso à Liga Europa, o seu habitat natural. E ironia das ironias: Roberto impediu o Benfica de golear em Atenas e Saviola marcou os golos decisivos na derradeira jornada.
Acabou o sonho (fantasia) do presidente do SLB de chegar à final pela circunstância (logística) de esta se realizar na Luz. Já agora, a Luz bem merece um relvado em condições que não seja o deplorável estado actual. Não apenas para a gala de Maio mas sobretudo para os benfiquistas.
E que Benfica para Olhão? O arouquês ou o parisiense?"
Bagão Félix, in A Bola
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