"Três semanas após ganhar o Campeonato de Basquetebol e uma semana depois de vencer o Bicampeonato masculino de Atletismo, o Benfica conquistou com todo o mérito, dentro de campo, o título de Campeão Nacional de Hóquei em Patins. É o 22.º título do Benfica de uma modalidade que já foi das mais populares mas sobre a qual o Sistema lançou o descrédito: vencer 11 títulos consecutivos só é comparável a Mobutu ao ganhar eleições no Zaire com 104 por cento dos votos.
Certamente que em nenhuma outra modalidade Portugal tem tão vasto e glorioso palmarés. E o Benfica - bem me lembro - contribuiu em larga escala para esses momentos de glória, desde os tempos do trio-maravilha constituído por Cruzeiro, Lisboa e Perdigão. Almoçando certa vez no Parque Mayer tive a honra de ser apresentado a Fernando Cruzeiro e de actualizar as minhas memórias sobre o Hóquei em Patins, modalidade que pratiquei na juventude em Cascais. E é desse tempo que me lembro de Cruzeiro, Lisboa e Perdigão, antecessores da novíssima geração de Campeões do Benfica.
Esta grande vitória do Benfica, da sua Direcção, dos jogadores e da equipa técnica liderada por Luís Sénica, tem ainda o grande mérito de interromper um período excessivo em que o Hóquei em Patins foi subtraído pelo Sistema à verdade desportiva. E é com o fim desse reinado que os trapaceiros não se conformam, pretendendo desviar a decisão do título do rinque para a secretaria.
No Futsal, o Benfica conseguiu trazer para a Luz a decisão do Campeonato. Sem fazer maravilhas, o Benfica ganhou o quarto jogo. Mas ganhou jogando contra o Sporting, contra as arbitragens, contra a FPF a até contra a Polícia. O Sistema é fundamentalmente antibenfiquista e tem os braços longos."
João Paulo Guerra, in O Benfica
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