"O futebol português está a viver um episódio triste. Um caso em que há suspeita de simulação de corrupção para comprometer um árbitro num jogo entre Marítimo e Sporting. Parece mais um caso de possível atentado sem prova de quem atentou. E como todos são inocentes até prova em contrário, o caso pode ficar por aqui. Sobretudo se o Sporting ganhar hoje, como se deseja.
O nome de Paulo Pereira Cristóvão saltou para a ribalta com este caso. O dirigente leonino diz-se inocente e, por mais estranha que pareça a história que envolve secretárias e empregados, merece a presunção de inocência. Mas deve ser “reintegrado” na estrutura dirigente do Sporting? Dificilmente.
Os clubes de futebol têm hoje enormes responsabilidades e são geridos por equipas altamente profissionais. Tornaram-se empresas com administrações sujeitas a um rigor e escrutínio total, com regras de ética e de governação irrepreensíveis. Tendo em conta a gravidade das suspeitas em causa, em qualquer empresa um dirigente, mesmo inocente, seria afastado até conclusão das averiguações. E não é só por uma questão de aparências. No caso concreto do Sporting, está em curso uma reestruturação financeira profunda, que envolve credores de uma situação financeira muito débil e negociação com novos investidores. Ter a administração envolvida em suspeitas funciona como um repelente de investidores. E o Sporting precisa desesperadamente de capital.
Hoje o Sporting tem um jogo importantíssimo. Será uma excelente notícia se ganhar. E, sendo esse o caso, amanhã menos pessoas pensarão na polémica dos últimos dias. Será que essa anestesia, que os sucessos desportivos produzem sobre os adeptos, será mesmo boa para o Sporting? O sucesso, sim. A anestesia, não. Mesmo assim: vamos à vitória, Sá Pinto!"
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