"A tirada fez manchete num diário desportivo. Só podia mesmo aparecer maiusculada na primeira página do jornal. 'Sou o melhor defesa-esquerdo do Mundo'. Quem disse? Fábio Coentrão, a mais recente coqueluche do Sport Lisboa e Benfica. Lida a frase, ficou a ideia de alguma sobranceria, de alguma arrogância, de alguma altivez. Quem conhece as Caxinas, região piscatória de Vila do Conde, berço de lateral benfiquista, sabe que se caracteriza por ser um local de gente humilde, gente franca, gente trabalhadora. Poderia Coentrão ser diferente? A expressão 'sou o melhor defesa-esquerdo do Mundo' tem de ser contextualizada. Ele até explicou o alcance. Fê-lo mesmo com a genuinidade que o caracteriza, que é bem apanágio dos seus conterrâneos.
'Se eu não acreditar em mim, quem vai fazê-lo?'. Está Fábio coberto de razão. Diz que é o melhor do Mundo pela elementar razão de que quer ser o... melhor do Mundo. A isso pode chamar-se altanaria? A isso pode e deve chamar-se ambição. Somente ambição.
O lateral canhoto do Benfica protagonizou uma ascensão repentina. Repentino, mas sustentado. No Benfica e na Selecção Nacional. Pela sua idade, não custa vaticinar uma larga margem de crescimento. Fábio Coentrão é um jogador excepcional? É mesmo. Fábio Coentrão pode ser um jogador fabuloso? Pode mesmo. Já é o melhor do Mundo na sua posição? É, pelo menos, o melhor do Mundo nessa ambição. Que não esconde, que não ilude. A isso se pode chamar também auto-responsabilização. Que só lhe fica bem. Como bem fica ao Sport Lisboa e Benfica..."
João Malheiro, in O Benfica
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