"O mercado de transferências
tem estado a correr de feição ao
Benfica.
Com a lesão prolongada de Alexander Bah e a inevitável venda
de Álvaro Carreras, as faixas
laterais da defesa eram duas
posições a acautelar. Aí estão
Dedic e Obrador, dois jovens
promissores para disputar a
titularidade. Bah haverá de
regressar a meio da temporada,
enquanto Dahl é já uma aposta
segura na ala esquerda. É claro
que, se alguma coisa falhar,
temos ainda o nosso joker Aursnes – um excelente médio, que é
também um bom lateral.
No momento em que escrevo
falta chegar um avançado. Mas
é no meio-campo que as mexidas são mais profundas.
Há que reconhecer que Orkun
Kökcü não correspondeu às
expectativas. Tratando-se inegavelmente de um jogador
talentoso, a verdade é que
nunca se assumiu, nem como
um “10” criativo, nem como um
“6” recuperador de bolas e de
posições, nem como um “8”
transportador de jogo, ou capaz
de gerir, em posse, os seus ritmos. Perdido no seu labirinto
táctico, porventura pressionado
pelo peso do elevado investimento, acabou por se penalizar
a si próprio com um ou dois episódios menos edificantes, hipotecando também a simpatia dos
adeptos. A venda a bom preço
foi a melhor opção para todas as
partes.
Para preencher o eixo do terreno temos agora a dupla sul-
-americana Enzo Barrenechea e
Richard Ríos. Com eles, espera-
-se um meio-campo mais equilibrado, mais intenso e mais
musculado – o que poderá
reforçar a solidez e consistência
de toda a equipa.
É claro que as contratações são
como os melões. Só mais tarde
se verá, com exactidão, o que
valem, e como se adaptam, os
novos jogadores. Kökcü e, em
sentido oposto, Aursnes, são
exemplos claros de como, entre
expectativas e rendimento, nem
sempre existe paralelismo. Por
agora, e no plano teórico, o Benfica parece estar, de facto, mais
forte."
Luís Fialho, in O Benfica

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