"A responsabilidade social de uma instituição é proporcional à sua dimensão, o que quer dizer que o Benfica tem, neste capítulo, uma enorme responsabilidade. Por isso, chegado o Natal, tempo da família e do reconciliação social, ficam expostas muitas das fragilidades que o nosso país ainda tem e de que nenhum de nós está isento, seja uma instituição, seja um simples individuo. E não apenas por imperativos éticos ou religiosos, mas porque, de facto, uma sociedade funcional vive de equilíbrio e é tanto mais rica quanto consegue aproveitar o máximo potencial de cada um de nós, do mais dotado e brilhante ao mais humilde e limitado. Do mesmo modo, cada sociedade deve ser capaz de proteger os seus mais fracos, libertando outros para funções produtivas e de devolver a cada um de nós, na doença e na velhice, aquilo que deu ao bem comum durante a sua vida ativa. Falo, claro está, dos idosos que muitas vezes perdem os seus entes queridos e que ficam tantas vezes sós e isolados, dependentes da solidariedade e do calor humano que lhes podemos dar. Ou então das pessoas sem abrigo, muitas vezes com problemas de saúde física e mental e agravar-lhes a solidão. Todos, sem exceção, precisam (e merecem) de um acolhimento caloroso na falta da sua verdadeira família. Não é que se substitua o insubstituível, mas é de grande valor o que o Benfica faz ao abrir a sua casa principal para uma Consoada em Família, na tribuna, com o seu presidente, e nas Casas do Benfica nos espalharam a chama imensa por todo o Portugal. Por isso ganhámos merecidamente e agradecemos esse prémio da Fundação do Futebol: é um reconhecimento do que são e de como sentem e agem os benfiquistas."
Jorge Miranda, in O Benfica
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