"17 golos e 13 assistências. Foram estes os números de Di Maria na última temporada. Só nas provas europeias marcou cinco vezes (mais de um terço dos golos do Benfica na Europa), no FC Porto duas (garantindo a Supertaça, o único troféu da época, bem como o triunfo na Luz para o Campeonato) e ao Sporting uma (que não valeu, mas podia, e devia, ter valido a presença no Jamor). Foi o segundo melhor goleador da equipa, mesmo sem ser ponta-de-lança - apenas atrás do Rafa, que também não era, o que diz muito sobre aquele que foi o verdadeiro problema dos encarnados em 2023/24. Estes foram, aliás, os melhores números da carreira do astro argentino desde 2019, quando tinha Mbappé e Neymar a seu lado, no PSG. Juntamente com João Neves, Angelito foi quem mais brilhou na equipa do Benfica. Por vezes foi mesmo o único a remar contra uma maré de fatalidades, assumindo o seu papel de estrela no melhor sentido da palavra, e resolvendo vários jogos - mesmo quando, aqui ou ali, poderia parecer adormecido. Não foi de modo algum por ele que o Benfica perdeu o Campeonato.
Confesso até que o seu rendimento me surpreendeu. Não pelo talento, que unanimemente lhe é reconhecido, mas pela condição física que resolveu, fazendo jogos a fio sem revelar sinais de desgaste. Para além do mais, Di Maria é um peso pesado no balneário, com toda uma enorme experiência ao mais alto nível, profissionalismo à prova de bala e conhecimento dos cantos da casa, sendo importante na integração dos mais jovens - alguns também sul-americanos que entraram na Europa pela mesma porta que ele. Aos 36 anos ainda pode, no Benfica, e na Liga Portuguesa, ser determinante.
O campeão europeu Real Madrid também não prescindiu de Modric - que tem mais dois anos de idade. Também Di Maria é um craque. E é uma sorte mantê-lo por cá."
Luís Fialho, in O Benfica
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