"Chaves, Real Sociedad e Sporting. Três jogos que podem definir (sem decidir) uma época
O Benfica inicia hoje um microciclo de jogos de enorme responsabilidade - primeiro Chaves, onde na última época tudo o que lhe podia ter corrido mal, correu ainda pior, correndo o risco de hipotecar, em Trás-os-Montes, o 38; a meio da semana em San Sebastián, num cara-a-cara com a Real Sociedad, onde correrá atrás do prejuízo já acumulado na Champions, sem deixar de ter também os olhos postos na Liga Europa; e no domingo seguinte, no dérbi dos dérbis, que joga na Luz, frente àquela que tem sido a melhor equipa da Liga, a mais coerente do ponto de vista tático, a mais equilibrada e em melhor condição psicológica, o Sporting de Rúben Amorim.
A parada está alta para Roger Schmidt, que terá finalmente percebido que não podia usar o sistema da época passada com os jogadores desta temporada. Porém, como Roma e Pavia não se fizeram num dia, o Benfica precisará de tempo - que se calhar não tem - para sedimentar os três defesas e harmonizá-los com todas as dinâmicas de jogo que lhes estão associadas.
Resta saber se o treinador alemão já terá interiorizado a necessidade de ter maior presença na área contrária, e como irá fazê-lo; e ainda como tratará a rentabilização de Gonçalo Guedes, claramente talhado para a titularidade; subsistindo, para já, a dúvida quanto à capacidade dos atuais laterais dos encarnados fazerem o todo o flanco, como se espera de um sistema com três centrais que não queira ser apenas uma forma camuflada de jogar com cinco defesas.
É evidente que - e esqueçamos, para já, a participação europeia, que necessita de uma resposta positiva urgente, para não ser um irremediável flop - depois de perdidos cinco pontos contra Boavista e Casa Pia, o gelo em que a equipa de Roger Schmidt passou a patinar se tornou muito mais fino, o que é o mesmo que dizer, muito mais perigoso. Mas ainda há muito campeonato pela frente, momentos piores e melhores que tocarão a todos, e ninguém é campeão em novembro. Importante mesmo, para o Benfica, é que o técnico germânico acerte com o tom e harmonize uma orquestra que tem andado desafinada. Porque se não o conseguir, o facto, pouco abonatório, diga-se, depois de ano e meio no nosso País, de não perceber português, em nada irá ajudá-lo…"
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