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terça-feira, 4 de outubro de 2022

Em nome de quê?


"O calendário do futebol de selecções, é uma aberração. As competições de clubes são cada vez mais exigentes, os investimentos, cada vez mais avultados, e não faz sentido, de dois em dois meses, interromper tudo e fazer os atletas voar para outras latitudes e continentes, sujeitos a metodologias de trabalho diferenciadas objetivamente os clubes que lhes pagam os salários.
É algo que não interessa aos jogadores, muito menos aos treinadores, e menos ainda aos adeptos - que no longo de temporada são confrontados com estes desagradáveis momentos de anticlimax. Também não vejo que benefício possam tirar televisões e patrocinadores.
Se tal era verdade em épocas anteriores, mais difícil se torna entender esta paragem, com um Campeonato do Mundo a disputar-se dentro de dois meses. Faria todo o sentido agregar os jogos da Liga das Nações à antecâmara do Mundial, realizando apenas uma pausa, antecipando-a uma semana. As partidas ganhavam interesse (e utilidade). Os clubes não saíam (tão) prejudicados. Os seleccionadores tinham mais tempo de trabalho continuado. As audiências seriam maiores.
Afinal, a quem interessam estas pausas? Confesso que não percebo.
No caso do Benfica, preocupa-me sobretudo a condição de Otamendi e Enzo, dois titulares absolutos, que irão chegar com enorme desgaste, e em cima do jogo de Guimarães - que por sua vez antecede semana de Liga dos Campeões.
Não admira que os benfiquistas saúdem em massa a decisão de Rafa. Além de convocatórias obtusas, além de otávios, estes calendários tornam o futebol de selecções cada vez mais antipático."

Luís Fialho, in O Benfica

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