"A Crónica: Hattrick De Darwin Resolve Adversidades Encarnadas
Na 29ª jornada da Liga Portuguesa, o SL Benfica recebeu o último classificado Belenenses SAD, naquele que seria o último voo das águias (para o campeonato) antes do clássico com o Sporting CP. Mal sabia que teria logo uma asa partida.
A Belenenses SAD não teve medo da distância pontual e arrefeceu o caldeirão da Luz com um golo muito cedo (3´). Afonso Sousa iniciou a jogada pelo corredor central, tocou em Rafael Camacho que produziu um belo lance individual e devolveu a Afonso Sousa para terminar o serviço.
Face ao bloco baixo compacto da Belenenses SAD, o SL Benfica ainda enfrentou algumas adversidades quer na criação de grandes oportunidades, quer na finalização.
Tentaram, tentaram e conseguiram. Taarabt aproveitou o erro do médio Sithole e colocou muito rápido em Darwin que construíra o empate (1-1). Ao intervalo, a quantidade de remates do Benfica era gigantesca, mas as grandes oportunidades escassas e a finalização fraca. Teria de haver uma melhoria para a segunda parte.
E não é que houve mesmo! Em quatro minutos, o mar vermelho inundou o azul com dois golos de Darwin (3-1 aos 58´ – hat-trick do uruguaio e assistências de Taarabt e João Mário).
Estávamos perante um massacre total que, pouco depois, acalmaria para sempre. O resultado estava selado e a emoção guardada para outro dia. Até ao final, o SL Benfica rodou a equipa e controlou a partida de forma segura e tranquila, vencendo por 3-1 à Belenenses SAD.
A Figura
Darwin Núñez (SL Benfica): Quem mais poderia ser? Quando se marca um hat-trick depois de a sua equipa estar a perder, não restam muitas dúvidas. Teve três grandes oportunidades e marcou as três, devolvendo a “Luz” ao Estádio. O herói da partida.
O Fora de Jogo
Diogo Calila (Belenenses SAD): Foi substituído ao intervalo o que não surpreende muito. Acertou apenas seis passes (46% de posse de bola), perdeu o esférico sete vezes e apenas venceu um em cinco duelos terrestres. Não foi uma boa tarde para o lateral-esquerdo da Belenenses SAD.
Análise Tática – SL Benfica
No duelo com a Belenenses SAD, Nélson Veríssimo apostou numa dinâmica de 4-2-3-1 com várias surpresas no 11 inicial: Valentino Lazaro, Felipe Morato, André Almeida, João Mário e Diogo Gonçalves.
As águias saíam a jogar através de uma dinâmica de três defesas (Morato, Otamendi e André Almeida). Na primeira parte, enfrentaram algumas dificuldades: criação de grandes oportunidades (nos primeiros 20´) e depois na finalização – um aspeto que seria melhorado ao intervalo.
No segundo tempo, face porventura ao desgaste físico do adversário, aproveitou muitos espaços e marcaram dois golos. Ao longo da partida, variaram entre o ataque organizado e o ataque na profundidade, consoante o que o jogo pedia.
11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (5)
André Almeida (7)
Felipe Morato (7)
Nicolás Otamendi (7)
Valentino Lazaro (7)
Soualiho Meité (6)
Adel Taarabt (9)
Everton (6)
João Mário (7)
Diogo Gonçalves (7)
Darwin Núñez (9)
Subs Utilizados
Rafa (5)
Gonçalo Ramos (5)
Roman Yaremchuk (5)
Paulo Bernardo (-)
Tomás Araújo (-)
Análise Tática – Belenenses SAD
Diante do SL Benfica, a Belenenses SAD sustentou-se num 4-2-3-1 que, a defender, se transformava num 4-4-2 com as duas linhas bem próximas (média e defensiva) de modo a fechar os espaços entrelinhas e o jogo interior, limitando a construção ofensiva encarnada.
Na primeira parte, apresentaram um bloco baixo bem compacto defensivamente no qual procuravam surpreender em transições rápidas. Na segunda parte, quebraram o rendimento e não igualaram o trabalho nos primeiros 45´.
11 Inicial e Pontuações
Luis Felipe (6)
Diogo Calila (4)
Thibang Phete (7)
Yohan Tavares (7)
Carraça (5)
Braima (5)
Sphephelo Sithole (5)
Yves Baraye (5)
Afonso Sousa (7)
Rafael Camacho (6)
Safira (5)
Subs Utilizados
Nilton Varela (5)
Danny (6)
Licá (6)
Sandro (7)
Pedro Nuno (7)
BnR na Conferência de Imprensa
SL Benfica
BnR: Boa noite, míster. Do meu ponto de vista, na primeira parte, o Benfica teve algumas dificuldades: construção de grandes oportunidades (nos primeiros 20´) e depois na finalização. Na segunda parte, conseguiu ter mais espaço no meio-campo adversário, criar ótimas combinações e melhorar a finalização. O que mudou taticamente da primeira parte para a segunda?
Nélson Veríssimo: Relativamente à mudança, a intensidade que nós colocamos no jogo foi empurrando a estrutura defensiva para zonas mais recuadas. Começámos a jogar em zonas mais adiantadas naquilo que é o nosso posicionamento.
Sabíamos que em função da posição mais baixo da Belenenses, teríamos de fazer uma circulação à largura mais rápida naquilo que são os ritmos do jogo; alternar entre os passes curtos e mais longo de um corredor para o outro para mexer com a estrutura defensiva do Belenenses.
Procurámos também atrair essa estrutura com passes mais recuados entre os nossos médios e centrais para manipular a organização defensiva do Belenenses. Julgo que em muitos momentos o conseguimos nas tantas combinações que fizemos pelos corredores laterais e nos momentos de transição.
Penso que aquilo que possa ter mudado da primeira para a segunda parte foi mais rigor nos nossos posicionamentos, acima de tudo na dinâmica da circulação da bola e sermos objetivos no ataque à profundidade no ataque à baliza.
Belenenses SAD: Não foi possível colocar pergunta ao treinado da Belenenses SAD, Franclim Carvalho."
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