"Está a decorrer, em França, o Campeonato do Mundo de futebol feminino, com final marcada para Lyon, no próximo domingo, entre Estados Unidos e Holanda. Tem sido um torneio de bom nível, quase sempre com as bancadas cheias e um retorno mediático relevante. O triunfo dos Estados Unidos sobre a Inglaterra, por exemplo, teve o condão de levar o futebol às primeiras páginas dos maiores jornais norte-americanos, normalmente pouco interessados na matéria; mas, mais relevante ainda, foi o facto de o jogo ter sido visto, no Reino Unido, por 11,7 milhões de telespectadores, superando a final da Liga dos Campeões masculina (Liverpool-Chelsea foi televisto por 11,4 milhões) e tornando-se no programa mais visto de 2019 naquele mercado tão relevante.
Para quem ainda estivesse céptico quanto à importância do futebol no feminino, estes números devem ser suficientes para dissipar quaisquer dúvidas. Não é por acaso que os principais clubes da Europa estão a formar secções femininos, e o Benfica e o Real Madrid são apenas os casos mais recentes. Há um mercado, à escala planetária, a valer muitos milhares de milhões de euros, à espera de ver explorado todo o seu potencial.
A aposta séria da FPF no futebol feminino - e a gestão de Fernando Gomes, embora não o faça, bem podia puxar dos galões desta matéria - acompanhada pelos primeiros clubes, que acabarão por afastar os pioneiros românticos a quem devemos ser sempre gratos, redundará num assinalável aumento do número de praticantes e, sobretudo, na amplificação da família do futebol em Portugal.
PS - Estupendo João Sousa!"
José Manuel Delgado, in A Bola
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