"Não é novidade para ninguém que nenhum partido quer entrar em conflito com qualquer clube. Nos primórdios da nossa democracia dizia-se que a política não afrontava a Igreja, os bombeiros e o futebol, porque sairia sempre perdedora do confronto. Hoje, as coisas mudaram, ma non troppo. No caso das claques, a cobardia dos sucessivos governos tem sido gritante e só assim se explica que tenha sido aprovada uma lei com mais buracos que qualquer queijo suíço, com a qual é fácil conviver sem que o essencial - garantir a segurança e erradicar os hooligans dos estádios - seja alcançado. A política, como arte do possível que é, coabita, sem problemas, com estas águas paradas do faz de conta e aos clubes tem dado jeito que ninguém abane com vigor os ninhos de vespas (e problemas) que são as claques.
Por tudo isto, apenas no dia em que houver vontade firme de resolver todos os problemas, haverá legitimidade para agir. Aliás, os próximos tempos encarregar-se-ão de confirmar, por omissão, esta realidade...
No plano desportivo, Matic, comprado pelo Benfica por cinco milhões e mais tarde vendido ao Chelsea por 25 milhões, foi agora por 45 milhões para o Manchester United; Bernardo Silva, da formação encarnada e vendido pelo Benfica ao Mónaco por 15 milhões acabou de custar 50 milhões ao Manchester City; André Gomes, também da cantera da Luz, chegou a Valência por 15 milhões e foi para o Barcelona por 35; Cancelo está a caminho da Juventus, o Bayern recusou 40 milhões do Milan por Renato Sanches e Guardiola diz-se encantado com Ederson.
Ser sinónimo de qualidade é a grande marca que o Benfica deve preservar..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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