"Já contava Esopo no século VII antes de Cristo que era uma vez uma cigarra que vivia a saltitar pelo bosque, despreocupada da vida. E que um dia terá encontrado uma formiga a carregar uma folha pesada às costas. Jean de La Fontaine, popularizou esta fábula no século XVII, quase 2500 anos depois. E chegou aos nossos dias como a imagem de que há que trabalhar bem, nas ocasiões certas, para se ter um futuro risonho. É assim o SL Benfica de que gosto. Um clube que sabe corrigir erros cometidos, agindo no momento exacto. Uma instituição que apresenta resultados trabalhando por antecipação.
No futsal masculino, depois de duas épocas que poderiam ter sido melhores, operam-se mudanças estratégicas no plantel. No basquetebol masculino, depois de uma temporada brilhante, prepara-se a sucessão técnica. No futebol masculino, após um ano histórico - mais um - apetrecha-se a equipa, fazem-se regressar bons valores, efectuam-se vendas expectáveis. Trabalha-se.
Enquanto isso algumas cigarras divertem-se com fogo-artíficio, com folhas impressas sabe-se lá onde, com bruxedos e macumbas onde são peritos há décadas.
Já outra cigarras - daquelas obcecadas com o vermelho - fazem festas de aniversários com espectáculo de comédia, diga-se. E enquanto isso abrem os cordões a uma bolsa há muito vazia para comprar pó que se atira aos olhos dos seus adeptos.
Adoro estas pré-épocas. Uns estão já no ginásio e no relvado a trabalhar, a pensar na única coisa que se pode pensar neste clube: vencer. Outros, saltitam pelo bosque. Cantando."
Ricardo Santos, in O Benfica
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