"As saudades da bancada e da sua agitação, a tristeza de ver sair alguns de quem muito gostávamos, a angústia perante a eventualidade de outros lhe seguirem o caminho, e todo o logo informativo promovido pela comunicação social, com mentiras, semi-verdades e encomendas misturadas num mesmo saco, fazem do defeso um período particularmente enfadonho para qualquer adepto do futebol.
Cada um defende-se como pode. Eu, por exemplo, refugio-me no ciclismo, e nas peripécias da Volta a França. O futebol fica na gaveta, à espera do mês de Agosto, e das emoções a sério. Ou à espera do fecho do mercado, que parece nunca mais chegar. No passado, o temor era maior.
A partir do momento em que no Verão de 2014, vi o Benfica vender oito titulares, depois revalidar o título, confesso que passei a olhar para esta altura do ano com maior descontracção. Hoje, encaro com naturalidade a saída de Ederson, Lindelof, ou de quem quer que seja. Hoje tenho a certeza de que por cada jogador que parte, outro surgirá no seu lugar, com idêntico, ou ainda melhor desempenho. Há todo um trabalho de antecipação que o permite, e que o garante. Na verdade, a gestão encarnada já demonstrou amplamente a sua competência na matéria. Centenas de milhares de euros em vendas, e vários troféus conquistados sucessivamente, são a prova viva dessa competência, a qual possibilita ao adepto um sono tranquilo durante toda esta fase, mesmo perante reiteradas notícias envolvendo os nossos principais atletas.
No dia 5 de Agosto estaremos fortes, para atacar todas as competições da nova temporada. Por agora, essa certeza basta-me."
Luís Fialho, in O Benfica
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