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sexta-feira, 2 de junho de 2017

O que não resolve o VAR?

"Deu que falar a estreia do videoárbitro (VAR) na final da Taça. Não porque tenha corrido mal. Pelo contrário, até correu bem. Sem falhas técnicas, sem interferências no decorrer do jogo, discreto (como deve ser) no auxílio ao trabalho de Hugo Miguel, que poucos dias depois até veio a púbico falar sobre os lances em que a ele (ou a eles, porque neste caso até eram dois os VAR, Jorge Sousa e Artur Soares Dias) recorreu. O tema que aqueceu a discussão nas redes sociais - por benfiquistas ou apenas cépticos sobre a mudança - foi o facto de Hugo Miguel não ter marcado penalty em dois lances na área vimaranense, decisão apoiada pelo videoárbitro.
Foi o que bastou para colocar quase tudo em causa, esquecendo todos que apenas umas horas antes o VAR tinha colocado os sub-20 portugueses nos oitavos do Mundial, corrigindo erro de arbitragem em que nos trairia de volta a casa. Sejamos sérios os casos do Jamor daqueles para que todos estávamos avisados. Dos que dependem da interpretação do árbitro - cabia-lhe decidir, no relvado ou com a ajuda das imagens, se eram lances de mão na bola ou bola na mão. Sejamos ainda mais sérios: mostrou a TV sem margem para dúvidas que Josué, central do V. Guimarães envolvido nas duas jogadas, jogou deliberadamente a bola com o braço? Ou que aumentou, de forma propositada, a volumetria para disso tirar vantagem? Para uns sim. Para mim não. Hugo Miguel (e Jorge Sousa e Artur Soares Dias, que não meninos nisto da arbitragem) foram da segunda opinião. E deixaram jogar. Bem, no meu entender. Mal para outros - que, aposto, quando um árbitro decidir como acham que Hugo Miguel devia ter decidido, mas a favor de uma equipa com outras camisolas, irão expressar toda a sua indignação. Faz parte. O videoárbitro, acredito, vem resolver muitos problemas. Mas há um que nunca resolverá: o daqueles que vêem um jogo de futebol com lentes às cores. Para esses não há soluções."

Ricardo Quaresma, in A Bola

PS: Continuo a acreditar que um dos 'problemas' do videoárbitro, é as expectativas exageradas que a 'ideia' do videoárbitro, 'plantou' na cabeça dos adeptos!
Será o videoárbitro pervertido ou mal utilizado?! Claro que sim, tal como todos os processos onde o 'Homem' tem intervenção!!!
Tal como com o árbitro de 'campo', o grande 'problema' será o critério: o critério usado no Jamor, na minha opinião, é o ideal! Independentemente de se achar que houve dois penalty's a favor do Benfica, o videoárbitro só deverá alterar as decisões do árbitro de campo, em situações inequívocas. Os lances de Bola na Mão, são quase sempre subjectivos, determinar se houve um acto deliberado (aquilo que está escrito na Lei) não é fácil... Portanto, neste tipo de situações, não pode haver 'reversão' da decisão... Só em lances 'descarados' poderá haver intervenção do video´´arbitro. Agora, a dúvida é: será que o critério se vai manter?!!!
Continuo a defender que no futuro próximo, o videoárbitro deverá estar centralizado no mesmo local, com um grupo muito restrito de pessoas a decidir sobre todos os jogos... tal como acontece actualmente na NFL...

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