Era a penúltima jornada e o Benfica precisava de vencer o
Marítimo, na Madeira, para não ser ultrapassado pelo Sporting na
liderança do campeonato. Com a partida empatada sem golos, aos 37
minutos, Renato Sanches comete uma falta despropositada no meio-campo e é
punido com o segundo cartão amarelo, deixando a equipa de Rui Vitória a
jogar com menos uma unidade. O jovem médio do Benfica não podia
acreditar; depois de uma época arrebatadora, em que não só conquistou a
titularidade nos campeões nacionais como comandou a metamorfose da
equipa para uma série impressionante de triunfos, estreou-se a marcar no
Estádio da Luz e registou a sua primeira internacionalização, uma mera
falta de atenção podia ter deitado tudo a perder. Seria uma daquelas
partidas cruéis do futebol, o momento em que este jogo, usando a sua
própria gíria, transforma o bestial em besta. "Eu já sabia que no dia
seguinte ia assinar pelo Bayern e, se não ganhássemos, toda a gente ia
dizer que eu tinha estragado tudo porque a minha cabeça já não estava
ali, o que não era verdade", diz Renato Sanches à SÁBADO. O número 85 do
Benfica conta como viveu o penoso intervalo de tempo entre o cartão
vermelho e o golo de Kostas Mitroglou, que abriu a vitória ao Benfica.
As críticas ao plantel e ao treinador do Benfica prejudicaram a equipa?
Renato Sanches explica que foi esse um dos motivos do sucesso da época
encarnada. Sobre Rui Vitória, o médio garante que é "um homem que sabe
falar, dizer as coisas certas, nos bons e maus momentos", mas a união do
grupo foi essencial. "Por falarem mal de nós, por falarem mal dele",
diz o internacional português.
Tiago Carrasco, in Revista Sábado
Grande Renato. Ainda agora vais embora e já sinto saudades.
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