"Já aqui escrevi sobre a 2.ª Liga. Todavia, a ela volto, Desde logo para saudar o anunciado fim da anomalia de uma competição com 24 clubes e 46 jornadas! Depois, para enfatizar a sua competitividade, em que entre os que podem subir e os que podem descer a distância não é muito cavada. Retirando as equipas B, os líderes da classificação estão em sucessivas mudanças e os resultados dos encontros suscitam interesse, pois qualquer desfecho pode acontecer com naturalidade. A distância entre o agora segundo a subir (Chaves) e o agora o 12.º (meio da tabela) é apenas de 6 pontos. E entre o primeiro abaixo da linha de água e o quarto classificado é tão-só de 9 pontos.
Outro aspecto a salientar tem a ver com a importância da 2.ª Liga para os clubes que lá jogam com as suas equipas B.
Já foi assim com o aproveitamento que o Vitória de Guimarães fez para promover jovens atletas e, de entre os grandes, muito tem beneficiado o Benfica e o Sporting (aparentemente menos o FC Porto) com a mais rápida descoberta de talentos e a promoção de juniores de boa craveira. De vez em quando vejo na televisão jogos desta competição e confesso que muitos deles são mais interessantes que a molhada de jogos entre equipas da Primeira Divisão com estádios vazios e paupérrimo futebol, muitas vezes na busca de irritantes nulos de empatas.
Em meu entender, deveria haver 3 equipas promovidas (ou, pelo menos, a terceira a disputar um play-off com o antepenúltimo da 1.ª Liga) e não duas. Melhoraria a 2.ª Liga e também a 1.ª Liga onde o facto de só descerem duas torna o seu futebol ainda mais conformado e cinzento."
Bagão Félix, in A Bola
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