"Aos 34 anos, 12 dos quais passados de águia ao peito, Luisão é a grande referência do balneário do Benfica no século XXI. É preciso recuar às décadas de oitenta e noventa do século passado para encontrar, no universo encarnado, jogadores com pelo menos quatro títulos nacionais no currículo, os mesmos conquistados em Portugal pelo girafa.
Estabelecida a importância referencial de Luisão, há que assinalar, também, a relevância que assume para o Benfica a sua prestação dentro das quatro linhas, pela liderança que exerce, pela experiência que aporta, pela estabilidade que oferece. No entanto, como qualquer outro jogador, também Luisão tem períodos de forma melhores e piores. E, porque já tem 34 anos, é quase inevitável que se associem os momentos de menor fulgor à veterania. Trata-se de uma prática injusta, diga-se desde já, porque se descrimina pela idade, quebrando a igualdade de tratamento que todos merecem. Mas Luisão deve saber conviver com esta realidade, com a sabedoria dos anos, recorrendo a exemplos práticos muito significativos. Quantas vezes foi decretado o fim da carreira de Paolo Maldini? E de Costacurta? E de Baresi? E se pretendermos exemplos mais actuais, podemos repescar a polémica em torno de John Terry, dois meses mais velho que Luisão, ou mesmo as dúvidas sobre Ricardo Carvalho, esteio, aos 37 anos, da Selecção Nacional na caminhada para o Euro-2016...
Em suma, estas coisas valem o que valem e não há registos de os bilhetes de identidade correrem. Cada jogador, novo ou velho, deve ser apenas julgado pelo rendimento que tem. E há um dia em que todos arrumam as botas."
José Manuel Delgado, in A Bola
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