"No cume das instâncias que regem o futebol europeu residem a FIFA e a UEFA. Ambas comandadas por gente que podemos designar como uma Torpe Trupe de Tristes Trastes. A primeira é liderada por um tal Blatter, carreirista de profissão; a segunda por Platini, antigo futebolista. Aliás, muito bom. Pena é que, arrumadas as chuteiras, nem uma pequena parte de tanta sabedoria acumulada pelos pés lhe tenha subido à cabeça. Por isso teve arte suficiente para se juntar a quem agora pede a cabeça do outro, mas como não se pode escapar da estupidez própria logo adiantou que desejava colocar a sua no lugar daquela. Esquecendo-se, porém, que também ele havia provado do mesmo mal. Alegou depois que fora para pagamento de um suposto trabalho feito a título pessoal. Espero que ainda se venha a saber que tipo de trabalhos poderá um presidente da UEFA fazer, a título pessoal, para a FIFA. Uma coisa, porém, é certa: não foi por propor medidas que promovam a verdade desportiva e a transparência, tal é a sua fobia a qualquer inovação nesse sentido. Ao invés de modalidades como o vólei ou o ténis, que já recorrem ao vídeo challenge, o qual permite a imediata correcção de decisão arbitral em conformidade com a realidade, assim prevenindo a viciação, mesmo que involuntária, dos resultados. Ao mesmo tempo subsistem aberrações como estas: (i)permissão para que os terrenos de jogo tenham dimensões diferentes, conforme o gosto do freguês, e (ii) proibição de os ecrãs dos estádios mostrarem a repetição de jogadas polémicas. Não falando já na interdição de transmissão de incidentes verificados nas bancadas. E nós a pensar que nada tínhamos em comum com a Coreia do Norte..."
Paulo Teixeira Pinto, in A Bola
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