"Confesso que sempre senti maior admiração pelos treinadores que procuram encontrar o sistema de jogo que melhor potencie os jogadores que têm à disposição, do que pelos técnicos que encaixam os pupilos no modelo de que mais gostam.
A chegada de Raúl Jiménez ao Benfica merece que se pare um pouco para pensar que tipo de utilização lhe deverá ser dada por Rui Vitória, uma vez que não é crível que uma aposta como a que Luís Filipe Vieira fez no mexicano não tenha sido feita no pressuposto de que este será titular. Se assim for, e porque também não se vislumbram razões para que Jonas, o melhor jogador da última edição da Liga, não entre no melhor onze; nem se pensa, a priori, que Mitroglou, outra das novas estrelas da companhia encarnada, tenha rumado a Lisboa para apreciar as vistas do banco de suplentes da Luz, conclui-se que existe uma forte probabilidade de Rui Vitória vir a engendrar um sistema que acolha a presença deste tridente.
Se assim for, e tendo em conta os jogadores que presentemente constam do plantel encarnado, o equilíbrio a meio-campo, torna-se essencial. Parece pacífico que Gaitán e Samaris são claramente titulares neste Benfica, ficando em aberto mais um lugar no miolo, quiçá para Fejsa, se Samaris atuar como interior direito, ou para Pizzi ou Carcela, caso a cabeça da área seja entregue ao internacional grego. Este é, com a chegadade Raúl Jiménez, o grande desafio que se coloca a Rui Vitória. Será que vem a caminho um Benfica desenhado a partir de um 4x4x2 losango? Não será ainda no próximo domingo que se conhecerá a resposta a esta questão, uma vez que o ponta-de-lança mexicano ainda não estará operacional para a receção ao Estoril. Mas o assunto fica, desde já, em cima da mesa..."
José Manuel Delgado, in A Bola
PS: Creio que a estratégia do Rui, não passa por usar os 3 em simultâneo, mas...
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