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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Fato pronto-a-despedir (ou facto?)

"Terminada a época do futebol, julgava eu que me faltariam temas para os meus bissemanais Pontapé-de-saída. Pelo contrário, verifico agora e sobretudo na 2.ª Circular que assuntos não faltarão.
Hoje vou-me dedicar apenas à temática da farpela. Ou - agora que muita gente anda de voltas trocadas com o estapafúrdio acordo ortográfico - com o facto do fato ou o fato do facto. Um factor decisivo. Parece que em Vizela, num jogo visto por milhões, houve um treinador que não vestiu a fatiota domingueira (era quarta-feira), mas também, segundo rezam as crónicas, não envergou um fato-macaco (pelo menos ele), nem fato-de-banho (foi em 17 de Dezembro), nem fato-de-saia-e-casaco (não era no campeonato escocês).
As imagens televisivas mostram-nos o técnico envergando um asseado fato-de-treino, o que até estaria mais conforme com o treino que, à partida, aquele encontro para a Taça de Portugal deveria ter sido (depois se viu que não foi tanto como isso).
Cinco meses depois, eis que se inventou uma nova moda (ou um novo marco?) para o fato-de-treino. Transformou-se um fato pronto-a-vestir num fato pronto-a-despedir. Ou melhor, era essa a ideia, mas o alfaiate não sabia que, segundo a lei laboral, tinha 60 dias para aplicar a nova moda. Convenhamos, o alfaiate não pode, nem tem que saber tudo. Sabe de alfinetadas e já se dá por satisfeito.
Bem sabemos, também, que esta coisa do fato não advém de uma qualquer fatwa islâmica. Foi apenas um momento fátuo. Daqueles que abundam no reino do futebol (ou será fatobol?)

PS: Começo a compreender por que é que a Guiné Equatorial faz parte da CPLP."

Bagão Félix, in A Bola

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