"A FIFA foi varrida por um escândalo sem precedentes, de enormes dimensões e cujas consequências são ainda imprevisíveis. O impacto mediático foi (e é) tremendo, mas a surpresa da opinião pública limita-se às proporções que o caso já atingiu - são muitas e importantes as figuras detidas - e ao momento escolhido para despoletar o processo - vésperas de um congresso eleitoral.
A FIFA tornou-se numa casa sem vergonha onde a transparência - que provavelmente nunca existiu - deu lugar a notórios esquemas de corrupção. Mas apesar dessa evidência, Blatter e seu séquito continuaram impunes. Até ontem. O suíço mantém-se aparentemente à margem da investigação e agarrado ao poder, embora seja difícil acreditar que assim prossiga por muito mais tempo.
Como mero observador, 'subscrevi' a candidatura de Figo à presidência da FIFA. Fui também dos que lamentaram a sua desistência. Hoje, face ao desenrolar dos acontecimentos, admito que o antigo futebolista fez bem em renunciar a uma luta eleitoral que, como se prova, está claramente inquinada. O tentacular lóbi de Blatter e companhia não permite sequer alimentar a esperança de um debate, quanto mais a possibilidade de uma vitória numa eleição onde o voto está comprado.
O relvado do Jamor preocupa o Sporting. O tapete verde está em óptimo estado, mas a configuração do Estádio Nacional facilita um processo em que o relvado rapidamente fica seco e cria condições para um jogo mais lento. Para os leões, essa é uma desvantagem. O Sporting tem, todavia, um jogo demasiado importante para que o êxito dependa de questões menores. No entanto, só o jogo dirá se o relvado será mero detalhe. À cautela, o melhor é estar preparado para comer a relva."
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