"Foi Mário Wilson quem um dia disse que quem treina o Benfica arrisca-se a ser campeão. Eram outros tempos, quando a chama de títulos do clube era mais intensa e aumentava exponencialmente a margem de sucesso de um técnico. Os anos de domínio do FC Porto reduziram drasticamente essas probabilidades.
Nos dias que correm, a profecia do velho Capitão volta a fazer sentido e já começa a ser recuperada por comentadores e analistas. A quebra da hegemonia portista abre essa porta, mas ainda é prematuro subscrever tais palavras com total convicção. O bicampeonato reforça a posição, mas o anunciado ciclo virtuoso pode sofrer uma inversão.
É verdade, porém, que o 'risco' de ser campeão no Benfica é agora bem maior do que noutros tempos bem recentes. Mérito que não se resume à competência de Jorge Jesus, mas claramente a uma nova organização de que o clube se dotou e que tem como primeiro responsável o seu presidente, Luís Filipe Vieira.
Vieira é, no entanto, apenas o máximo responsável. Um dirigente que aprendeu muito ao longo dos anos e que soube montar uma máquina que hoje sustenta uma equipa ganhadora. É a tal estrutura de que tantos especialistas falam e que, de facto, existe e funciona. Figuras como Rui Costa, Domingos Soares Oliveira e Paulo Gonçalves, passando por Lourenço P. Coelho e João Gabriel, além de outros menos visíveis, são pilares fundamentais no actual Benfica.
Basta recuar à segunda época de Jesus, em que a vertigem do êxito inebriou toda a gente, para perceber como foi necessário explicar a estratégia e estabelecer prioridades em nome do bem comum. A estrutura já é sólida e um treinador volta a 'arriscar' ser campeão no Benfica. Mas poderá ser já outro além de Jesus?"
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