"O Benfica está ansioso pelo regresso de Gaitán. De facto, as estatísticas parecem confirmar a excepcional importância do internacional argentino, de 27 anos, na equipa liderada por Jorge Jesus. Foi nos jogos em que não esteve presente, quer por lesão, quer por castigo, que o Benfica perdeu todos os pontos neste ano de 2015. É demasiado evidente para se tratar, apenas, de uma coincidência.
O facto, pois que é de um facto que se trata, demonstra a qualidade do jogador, mas também a exiguidade de soluções deste Benfica. Para alguns lugares, Jesus tem conseguido bons disfarces. Basta ver os casos de Pizzi e de Samaris. Mas a verdade é que este plantel do Benfica está mais pobre e com mais limitações nos momentos em que precisa de substitutos à altura dos titulares.
A explicação não está na menor atenção dos responsáveis da SAD e, em especial, do seu presidente. Vieira tem a noção clara de que é preciso começar a desinvestir em jogadores consagrados, porque nenhum clube, em Portugal, pode continuar a virar as costas à crise financeira do País, em especial, num tempo em que não pode continuar a haver ambiguidades na relação com os bancos e em que os fundos financeiros têm forçosamente de deixar de ser meios de colocação de grandes jogadores em trânsito.
O aviso que ouvimos do presidente do Benfica era mesmo a sério. O Benfica vai ter de apostar mais na formação e menos na escolha de futebolistas internacionais com qualidade já comprovada. O clube não pode gastar tanto dinheiro com o seu futebol profissional por puro realismo. Nestas condições, a reconquista do título de campeão seria épica, tanto mais que o FC Porto ainda pretende adiar o inevitável impacto da mesma crise."
Vítor Serpa, in A Bola
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