"Maxi Pereira fez o óptimo lançamento lateral de que resultou o primeiro golo do Benfica no Dragão; mas fez também o péssimo e descuidado lançamento de que resultou a derrota do Benfica em Vila do Conde.
Del Valle, jogador do Rio Ave, marcou um golo difícil que deu a vitória à sua equipa contra o Benfica; Lucas João, jogador do Nacional, falhou escandalosamente duas horas depois um golo facílimo que daria a vitória ao seu clube contra o FC Porto.
O futebol é feito destes momentos, sorte e azar, inspiração e desinspiração, concentração e desconcentração - e isso é incontrolável. As previsões e análises 'científicas' que se fazem sobre os jogos serão sempre incompletas, porque não podem ter em conta os imponderáveis resultantes da condição humana. Uma táctica pode ser perfeita, mas basta um lançamento lateral mal feito ou um pé mal colocado no momento do remate, para deitar tudo a perder. E nenhum treinador do Mundo, nem nenhum comentador, pode prever os lances que por vezes decidem os jogos.
Neste campeonato, o Benfica já teve o título na mão, depois da derrota do Porto contra o Marítimo, o FC Porto já teve o título à mercê, depois da derrota do Benfica contra o Rio Ave, e tudo continua em aberto.
Quando o título parece prestes a decidir-se, acontece uma cambalhota e tudo volta atrás. Uma mão invisível parece mexer os cordelinhos do campeonato com um objectivo preciso: fazer com que o Benfica e FC Porto entrem no Estádio da Luz, para disputar o superclássico, com a possibilidade de serem campeões. Tal como numa prova a eliminar, o campeonato decidir-se-á num só jogo."
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