"Ficámos a conhecer a semana passada a short-list dos 10 melhores treinadores do mundo. E foi, claro, com manifesta surpresa, que todos verificámos a ausência de Jorge Jesus nesse grupo de mestres da bola.
Não me parece normal que um país que vive e respira futebol como Portugal deixe passar em branco uma afronta destas à qualidade do nosso desporto-rei e a mais uma incompreensível discriminação das estruturas internacionais do futebol ao nosso país. Vejamos: que eu saiba o prémio de melhor treinador do mundo não é uma medalha de carreira, mas um reconhecimento dos resultados desportivos obtidos no ano transacto. Resultados desportivos, espera-se, objectivamente alcançados e mensuráveis.
Ora, é nesta linha que lanço a questão: alguém me explique o que é que Klinsmann ou José Mourinho ganharam o ano passado para estar numa short-list que visa premiar 'o melhor treinador do mundo de 2014'? E, já agora, alguém que me explique como é que um treinador que ganha todas as principais competições no Campeonato português e é consecutivamente finalista da Liga Europa duas temporadas não consta da lista? Mourinho, muito ao seu estilo, veio imediatamente lançar farpas para o debate, procurando conter a estupefacção portuguesa com uma qualquer proibição do regulamento referente a treinadores 'eliminados na fase de grupos da Champions'. Os nossos adversários internos e externos pegaram no precioso apoio de Mourinho para adquirirem uma nova cassete. Acontece que a verdade vem sempre à tona. Não só não há nenhuma proibição regulamentar (há treinadores naquela lista que nem sequer jogaram na Champions) como lá se encontra António Conte, treinador da Juventus, eliminado na fase de grupos da Champions e curiosamente eliminado por Jorge Jesus nas meias-finais da Liga Europa."
André Ventura, in O Benfica
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