"No futebol fala-se muito em ter-se fé. Talvez melhor dito, em ter fezada que é a versão agnóstica da crença do adepto.
Depois do Mundial e da Albânia, os portugueses andam com pouca fé na selecção nacional, apesar de terem tido um Bento como treinador e, uns anos antes, um fervoroso devoto de Nossa Senhora do Caravaggio. Aliás, algo se passa com os Bento, excepto em São Bento. Primeiro a resignação de Bento XVI, agora a demissão de Paulo Bento e, de seguida, a de Vítor Bento no ex-Espírito Santo.
Por isso, deixo aqui o meu contributo para uma renovação na selecção que permita adicionar motivos de fé e esperança para os próximos tempos.
Comecemos pelo seleccionador que passaria a ter uma tróica à prova de qualquer descrença: Deus (João de), Jesus (Jorge) e Espírito Santo (Nuno). Esta laica trindade reportaria a Santos (Fernando) e Jesu (aldo).
Quanto aos jogadores seleccionáveis (e numa perspectiva ecuménica e inter-religiosa), deixo algumas sugestões depois de consultados os Cadernos de A Bola:
Para guarda-redes: Ícaro (Chaves), César Jesus (Naval) e Papa (Trofense).
Para defesas: Organista (Varzim), Capelo (Bragança), Paz (Alcanense), Pias (Mafra), Job (Benfica Castelo Branco), Boa Morte (Ribeirão) e Sacramento (Arouca).
Para o meio campo: Vigário (Guimarães B), Paixão (Oriental), Pedras (Leixões), Amar (Tourizense), Nazaré (Naval), Justiça (Estarreja), David (Sintrense).
Para o ataque: Cris I (Feirense), Cris II (Gafanha), Cruz (Tirsense) e Cristian (Ol. Hospital). E, seleccionável entre o Entrudo e a Páscoa, o portista Quaresma.
Pena não haver nenhum Anjinho, nem Arcanjo."
Bagão Félix, in A Bola
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