"Olhando para a classificação do campeonato português e descontando os mais que muitos erros de árbitros - umas vezes a favorecer, outras a prejudicar cada um dos clubes - facilmente se confirma que nada é fruto do acaso.
Começando no topo: o Benfica mantém-se fiel ao modo de funcionar de anos recentes, não vendeu estrelas no arranque da temporada, antes fazendo várias contratações. Mantém performance semelhante e está como em anos anteriores. Está sozinho, porque o FC Porto não manteve a nível que o levou ao tricampeonato.
Logo abaixo: o Sporting reorganizou-se e mesmo reduzindo as despesas conseguiu formar um grupo coeso e motivado, capaz de voltar a ganhar mais do que as vezes que perde. Paga como preço por alguma inexperiência a distância pontual para a liderança.
Mais abaixo: o FC Porto anda irreconhecível, mas também irreconhecível é a equipa que vai evoluindo com as camisolas às riscas azuis e brancas. Do super dragão de anos anteriores saíram Falcao, Hulk, João Moutinho, James e até Lucho, já este ano - as entradas ficam a léguas em qualidade.
Estoril e Nacional ocupam os lugares europeus, algo que só é possível porque um como outro, mantêm princípios de organização que deram resultados no passado, bem como lideranças técnicas de sucesso. Normal, portanto.
Em sexto lugar, o SC Braga paga o preço de não se ter ainda estabelecido como grande, apesar de para tal trabalhar. Muitas mudanças de jogadores e de treinador, e o ano calhou mau. Sendo surpresa, sobretudo pelo passado recente, não é escândalo.
Na luta pela manutenção, o Paços de Ferreira para por ter querido dar passo maior que a perna e por evidente desnorte. O Arouca parece estar salvo, porque se reforçou em Janeiro de forma inteligente. Belenenses e Olhanense não se prepararam como deviam e agora esperam milagre."
Nuno Perestrelo, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!