"A média de golos marcados por jogo nos campeonatos europeus ilustra bem o que ontem escrevi. Em primeiro lugar e solidamente destacada surge a Alemanha com 3,17 golos por encontro, sempre com os estádios cheios e apesar de o campeão estar há muito encontrado. Seguem-se a Espanha (2,82), a surpreendente Itália com 2,70 e a Inglaterra com 2,68. Por fim, o sorumbático campeonato francês com 2,43 e Portugal na última posição com 2,38.
Embora com mais algumas jornadas, os actuais 1.ºs classificados daqueles campeonatos (Real, Bayern, Chelsea, PSG e Juventus) têm quase os mesmos golos que, por cá, se marcaram em 176 jogos.
O certo é que na nossa Liga só há tempo para fulanizações bloqueantes, guerrilhas intestinais, suspeições arbitrais, minudências regulamentares, divergências jurisdicionais, ou agora esse naco de puerilidade egocêntrica de um hiato de 9 dias entre a data estatutária e a data dos amotinados na eleição para a Liga. Às vezes quase parece que a essência do futebol - os jogos - é o que menos interessa tratar.
Voltando aos tentos (expressão curiosa e em desuso) na Europa, os oitavos de final da Champions evidenciaram eloquentemente a fome de golos. Espantoso o score acumulado da 1.ª mão: 6 golos, dos quais 20(!) marcados pelas equipas forasteiras. Todavia, estes resultados parecem evidenciar o perigo de se cavar um fosso entre a meia-dúzia de clubes ultra-ricos e outras boas equipas europeias mas que apenas podem almejar, como regra, ultrapassar a fase de grupos. Uma Europa cada vez mais desigual entre os que aspiram a vencer a Champions, os que querem vencer a Liga Europa e... o resto."
Bagão Félix, in A Bola
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