"Nesta altura do campeonato, está mais do que visto que Jorge Jesus aprendeu com as experiências do passado, encontrando uma fórmula que lhe permitiu colocar o Benfica como a única equipa a depender dela própria para conquistar o título nacional, com enormes possibilidades de vencer a Taça de Portugal e boas condições de fazer o mesmo na Liga Europa.
A rotação de jogadores, ao contrário da época anterior, não desequilibrou a equipa e manteve elevados os índices competitivos, tendo o técnico encarnado o mérito de integrar elementos menos experientes em onzes mais batidos, possibilitando a evolução dos mesmos sem choque.
Mas, mais do que isso, Jesus tem esta temporada uma equipa mais equilibrada, com melhores soluções. No habitual esquema de 4x4x2, Maxi Pereira agradeceu o aparecimento de André Almeida, permitindo-lhe descansar do calendário apertado para surgir neste final de época (ainda) em forma; Luisinho colmatou bem as ausências de Melgarejo; Carlos Martins e André Gomes (ou Aimar) emprestaram magia quando foi preciso poupar Enzo Pérez; Gaitán, Salvio, Ola John e até Urreta dividiram jogos entre si, chegando até aqui sem sinais de cansaço; e Luisão, Garay, Cardozo e Lima puderam sair do onze sem que Jardel, Roderick e Rodrigo estragassem a fotografia.
E, no entanto, tudo parecia perdido no início da época, após as saídas de duas pedras basilares – Javi García e Witsel. Para suprir a ausência do primeiro, Jesus tinha uma pérola guardada, Matic, e para o segundo apostou em Enzo Pérez e ganhou. Para além disso, insistiu em Melgarejo como lateral-esquerdo e viu a teimosia recompensada.
Curiosamente, todo este sucesso parece fazer mais efeito nos adversários do que no seio do próprio clube. Pois, nesta altura, é bem provável haver mais portistas a não acreditar na possibilidade de voltarem a ser campeões do que benfiquistas já com a certeza de o serem."
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